Essa frase resume o anseio de todos, fazer as coisas de maneira simples e que ela traga como resultado: a redução de custos, a minimização dos riscos e que proporcione economia de tempo e se possível aumente a produtividade.
Tira-la do âmbito dos desejos e transforma-la em realidade é um desafio que a grande maioria das pessoas não estão dispostas a fazer, não por não acreditam na sua efetividade, mas na verdade por morrerem de medo de perder o emprego.
Em todas as áreas implantar projetos que visam simplificar o trabalho é visto como o primeiro passo para eliminar empregos, desde uma simples automação predial, que tem o objetivo de aumentar a segurança e reduzir fraudes, até os complexos sistemas de homologação e deploy de sistemas para a produção, não são bem vindos pela maioria dos colaboradores que insistem em realizar essas atividades de maneira manual.
Presar pela continuidade do negócio, pelo rastreamento dos processos, e por poder punir os responsáveis caso algo aconteça errado, são os principais argumentos usados para se manter um exército de pessoas validando e revalidando tudo que acontece em cada área das corporações, sua efetividade é questionável pois raramente o excesso de burocracia é sinônimo de segurança ou rastreabilidade.
A necessidade do simples está ganhando cada vez mais adeptos, principalmente quando sua implantação é sinônimo de redução de despesa e/ou aumento de receita, os executivos perceberam que a automação e a simplificação dos processos deixam a empresa mais leve e competitiva, e como todos sabem quanto mais rápido a empresa agir no seu posicionamento para o mercado maior suas chances de conquista-lo.
O desafio agora é quebrar o paradigma dos colaboradores e gestores que ainda insistem em se posicionar contra o simples, e creem que criar dificuldade para vender facilidade ainda é a melhor maneira de garantir seu emprego, mudar a cultura é a parte mais difícil na redefinição estratégica da empresa.
O primeiro passo para a mudança vem sempre de cima, os principais executivos devem dar e exercitar o exemplo, menos burocracia na aprovação, simplificação dos processos, criação de uma estrutura hierárquica mais autônoma e implantação de ferramentas e pessoas com foco no simples devem ser o norte.
O mundo e os mercados estão a cada dia mais competitivos, manter estruturas pesadas com processos antigos e engessados, há muito deixou de ser referência de qualidade ou produtividade, quem vem insistindo nesse modelo está ficando pelo caminho, quem continuar a insistir em pouco tempo certamente deixará de existir.
Alberto Parada, co-fundador do Descomplicado Carreiras (Sistema de orientação de carreira), Colunista e Palestrante especializado em carreiras, atua há mais de 25 anos como executivo no mercado de tecnologia em empresas como: Sênior, IBM, Capgemini, Fidelity, Banespa, e mais de 12 anos como Professor Universitário no Lassu-USP FAAP e FIAP. Formação em administração de empresas e análise de sistemas, com especialização em gerenciamento de projetos e mestrando em Gestão de Negócios pela FIA, voluntário no HEFC hospital de retaguarda para portadores de Câncer.