A transformação digital vai muito além da infraestrutura e está criando uma nova força de trabalho, conectada, diversificada, distribuída, móvel e engajada. Confirmando o que os líderes de negócio percebem no dia a dia, o relatório ISG Provider Lens Digital Workplace para o Brasil aponta que as empresas estão sendo desafiadas a fornecer um "local de trabalho onipresente" que permita que seus funcionários sejam produtivos onde quer que estejam.
E esse local de trabalho onipresente também precisa oferecer um ambiente de colaboração capaz de engajar equipes globais, rompendo as barreiras entre gerações, culturas e geografias. Enquanto a Geração X (nascidos entre 1965 e 1979), por exemplo, gostaria de usar apenas ocasionalmente soluções de reunião online com vídeo, essa tecnologia é considerada fundamental pelos Millennials (nascidos entre 1980 e 1997).
Esses aspectos impactam diretamente no engajamento da equipe, e desafiam não apenas o RH, mas, principalmente, os líderes de TI, que precisam buscar novas formas de atender as necessidades de uma força de trabalho cada vez mais diversa e distribuída geograficamente. Neste cenário, em que as novas tecnologias estão transformando todos os setores e transformando o ambiente de trabalho, tendências como mobilidade e BYOD estão impulsionando o investimento em soluções ideais de trabalho.
Contar com o conjunto de soluções de trabalho ideal é fundamental para garantir os mais altos níveis de produtividade, dando aos líderes de TI a transparência necessária para entender quais são os recursos que os funcionários têm acesso hoje e vão precisar no futuro, promover a colaboração e a comunicação entre os membros de diferentes equipes e, ao mesmo tempo, garantir processos de negócio documentados e estruturados.
Uma boa maneira de começar é pelas soluções de compartilhamento de arquivos e ferramentas online, que podem ajudar os membros da equipe a ganhar conhecimento rapidamente e disseminá-lo. Como muitas organizações já contam com plataformas de produtividade, provavelmente já contam com acesso a uma série de ferramentas do tipo, tornando a criação de uma cultura digital muito mais fácil.
Estima-se que o mercado global de ferramentas corporativas passe dos US$ 9,5 bilhões em 2021 – em 2015, esse número era de US$ 7 bilhões. Para ter sucesso na adoção dessas ferramentas, no entanto, as empresas precisam ser ágeis e investir em soluções eficientes, de fácil entendimento e totalmente integradas à infraestrutura corporativa.
Dados divulgados pelo IDC ainda em 2015 mostram que 49% das empresas pequenas e médias já usavam ferramentas de colaboração, e 66% implementariam ou atualizariam as suas nos próximos três anos. Na época, a maioria tinha intensão de melhorar as interações entre os funcionários, a produtividade, a flexibilidade e a mobilidade.
Hoje, em 2019, esses objetivos ainda são os principais motivadores dos investimentos e na busca pelo conjunto de soluções de trabalho ideal para promover a colaboração e a comunicação entre os membros do time. Dados divulgados pelo IDC no fim de 2018, por exemplo, mostram que, em 2019, espera-se que 54% das empresas na América Latina aumentem seus gastos em TI. Para 2022, estima-se que 75% das empresas desenvolvam ambientes de TI "nativos digitais" para prosperar na economia digital. Soluções de trabalho colaborativas vão ser fundamentais neste cenário, promovendo processos estruturados e garantindo a agilidade e a preservação dos níveis de engajamento.
Com a produtividade e o engajamento diretamente ligados ao investimento em tecnologia, já que é preciso oferecer equipamentos com aplicações alinhadas ao negócio e ainda atender as necessidades geradas pelo BYOD, que, junto da mobilidade, já deixou de ser tendência e agora é mandatório, o novo ambiente de trabalho deve se tornar cada vez mais digital.
Eduardo Borba, presidente da Softline Brasil.