A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a fabricante brasileira de aviões Embraer anunciaram que vão estudar sobre a possível interferência do 5G nos sistemas de aproximação das aeronaves de aeroportos. A pesquisa foi motivada por uma suspeita de interferência do 5G na faixa de frequência de 3,5 GHz, considerada a principal para a operação comercial da nova tecnologia.
O receio é de que ela possa atrapalhar sistemas que controlam a distância do avião em relação ao solo, por exemplo. Nos Estados Unidos, onde as frequências dos dois serviços atuam muito próximas, a ativação do 5G foi barrada próxima a alguns aeroportos. No Brasil, o receio é menor, já que os sensores de aviões atuam em faixas bem acima, nos 4,4 GHz – as licenças mais próximas do 5G estão na faixa dos 3,5 GHz.
Para a Zyxel Brasil, multinacional taiwanesa especializada em soluções de conectividade e redes corporativas, a tecnologia é muito recente e esse tipo de estudo é necessário. Giovani Pacifico, diretor de produtos e vendas da empresa, diz que as variações na faixa de frequência que as operadoras estão autorizadas a usar em cada lugar é um dos porquês sobre a necessidade de pesquisas.
Ainda não há datas para início das avaliações da Anatel em parceria com a Embraer e nem para divulgação dos resultados preliminares. Até o momento o cronograma inicial para implementação do 5G no Brasil segue inalterado, com início a partir de julho deste ano.