As compras realizadas no comércio eletrônico somaram R$ 6,2 bilhões em 2007 no Brasil, um crescimento de 40% em relação ao ano anterior. No total, o volume de pedidos chegou a 20,4 milhões, aproximadamente 5,6 milhões de pedidos a mais que em 2006, quando o setor recebeu 14,8 milhões de pedidos, de acordo com a 17ª edição do relatório WebShoppers, publicado pela consultoria de marketing online E-bit.
Os principais impulsionadores do e-commerce, segundo a pesquisa, foram a variedade de produtos, a comodidade e facilidade na comparação de preços em diversas lojas, a possibilidade do parcelamento sem juros das compras e o aumento do número de internautas.
O estudo mostra que, no ano passado, 9,5 milhões de brasileiros compraram pela internet pelo menos uma vez. O tíquete médio no período foi de R$ 302, sendo o Natal a data comemorativa de maior destaque para o comércio eletrônico, quando o faturamento somou R$ 1,081 bilhão e tíquete médio atingiu R$ 308.
De acordo com a E-bit, as mercadorias mais vendidas pela internet foram, pela ordem, livros e assinaturas de jornais e revistas, produtos de informática, aparelhos eletrônicos, produtos de saúde e beleza e telefones celulares. Mas o levantamento detectou que existem algumas categorias de produtos que os internautas ainda não se sentem à vontade de adquirir pela internet. Apenas 11% das pessoas adeptas do comércio virtual responderam que compraram produtos de vestuário nos últimos seis meses.
Com relação à busca de informações e compras de imóveis pela internet, o relatório mostra que o número de pessoas que já adquiriu ou pesquisou algum tipo de imóvel na rede é alto, cerca de 43%.
Para este semestre, a E-bit estima que o e-commerce movimente algo em torno de R$ 3,8 bilhões, o que, se confirmado, representará um crescimento de 45% em relação aos seis primeiros meses de 2007, quando o setor atingiu R$ 2,6 bilhões. Até o fim de junho, a empresa prevê que o número de pessoas comprando pela internet suba para 10,5 milhões, especialmente por causa do público feminino, que já representa quase 50% dos consumidores virtuais.
Uma das principais constatações da pesquisa, no entanto, é que a maioria dos consumidores já considera a internet um canal seguro tanto para comprar quanto para realizar consultas e transações bancárias (internet banking), com 71% e 60% de adesão.