Com métricas pouco precisas e modelos de negócios indefinidos, a Internet fica para trás na corrida pelas verbas publicitárias que os anunciantes dedicam à divulgação de suas marcas. Se depender da vontade dessas empresas, no entanto, esse cenário pode mudar, já que eles têm buscado compreender o comportamento dos usuários dessa mídia, para utilizá-la de maneira eficiente, em conjunto com as agências de publicidade.
Essa disposição para adotar a internet como meio de comuncação esteve presente durante os painéis realizados no Proxxima 2008 ? Encontro Internacional de Comunicação Digital, evento que termina nesta quarta-feira, em São Paulo.
O exemplo mais claro da percepção dos anunciantes em relação a internet foi dado por Leonardo Byrro, da Skol, que contou que uma experiência para conhecer os hábitos do consumidor, chamada por ele de safari, ?abriu os olhos? da empresa para a web.
?Passamos algum tempo com jovens de 19 anos, da Cidade de Deus, Rio de Janeiro, e perguntamos a eles sobre seus hábitos de TV. Eles disseram que só assistem TV para ver os jogos do Flamengo?, observa Byrro. ?Ao mesmo tempo, é um jovem que tem celular e sempre encontra um jeito de acessar a Internet e utilizar ferramentas como o messenger?, diz.
Segundo Byrro, foi depois dessa pesquisa que a Skol aumentou o percentual da verba de mídia destinada a internet de 1% para 5%, em um período de cerca de dois anos. Com uma campanha interativa, o site da empresa saiu de 200 mil para 1,4 milhão de page views.
?Quem quer se reaproximar do consumidor hoje tem de entender como a sua marca se encaixa nesse comportamento?, explica. ?Mudamos a nossa forma de fazer campanhas. Agora, a primeira coisa na qual pensamos é qual é o comportamento do consumidor nessas novas mídias?, conclui.