E-commerce deve faturar R$ 90,7 bilhões em 2020, diz estudo

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A crise passou longe do e-commerce durante o ano passado. As vendas realizadas de janeiro a dezembro de 2019 somaram faturamento de R$ 75,1 bilhões, alta nominal de 22,7% em relação ao ano de 2018. As informações são do relatório NeoTrust, que analisa o varejo digital trimestralmente com base em dados coletados pelo Compre&Confie, empresa de inteligência de mercado focada em e-commerce.

De acordo com o estudo, o poder aquisitivo do consumidor não variou significativamente no período: o valor médio das compras realizadas foi de R$ 420,40 (incremento de apenas 0,2% em relação ao ano anterior). Portanto, a alta significativa está relacionada principalmente ao volume de pedidos realizados: em 2019, foram feitas 178,5 milhões de compras, valor que representa aumento de 22,5% em relação a 2018.

Ainda segundo o estudo, o público feminino foi responsável por 52,1% dos pedidos de compra feitos no país durante o ano de 2019. Apesar de comprar mais, as mulheres gastaram menos: o gasto médio foi de R$ 371,70 por compra, enquanto os homens gastaram R$ 473,60 em média.

Segmentando todos os consumidores por faixa etária, é possível perceber que os que têm entre 36 e 50 anos realizaram o maior volume de compras (33,6% do total dos pedidos feitos durante o ano). Logo atrás, estão os que têm entre 26 e 35 anos, com 31,8% das compras. Por fim, estão aqueles de até 25 anos (19,5%) e aqueles com mais de 51 anos (15,1%).

Na análise por região, é possível notar que o Sudeste é responsável pela maior parte dos pedidos realizados. Durante o ano de 2019, 66,2% das compras feitas em território nacional vieram desse local. Entretanto, embora o Nordeste ainda represente 11,9% das vendas no e-commerce brasileiro, é a região que apresentou um crescimento maior nas vendas de 2019 em relação a 2018.

Em seguida, estão as regiões Sul (14,1%) e Nordeste (11,9%). Por fim, Centro-Oeste e Norte completam o ranking, com 5,8% e 2% do total de compras realizado, respectivamente.

Outro crescimento importante está no número de consumidores únicos (aqueles que realizaram ao menos uma compra online no ano). Em 2019, este público aumentou 40,6% em relação a 2018, chegando a 31,4 milhões de pessoas.

O Compre&Confie estima que as compras online gerem faturamento de R$ 90,7 bilhões em 2020, crescimento de 21% em relação a 2019. O aumento deve estar relacionado tanto ao número de pedidos – que deve ser de 210,8 milhões, aumento de 18% – quanto ao maior gasto dos consumidores. A companhia estima que o tíquete médio deve aumentar 2%, chegando aos R$ 430,00.

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