O setor de utilities, que reúne empresas de energia elétrica, saneamento básico, água e gás, pretende ampliar em 14% os gastos com tecnologia da informação neste ano, ante o índice de 3,8% aplicado em 2005.
É o que indica o estudo ?Brazil IT Spendeing Trends 2006: Utilities?, elaborado pela consultoria IDC Brasil, que mapeou as prioridades de investimento em TI dessas companhias para este ano. A empresa entrevistou dirigentes de quase 70 empresas de pequeno, médio e grande portes entre novembro e dezembro do ano passado.
O estudo concluiu que as companhias elétricas e de saneamento tendem a desenvolver projetos para melhorar os seus respectivos sistemas de faturamento e cobrança, fundamentais para suas operações. Durante anos, esses dois setores utilizaram sistemas próprios, relutando em adotar as chamadas soluções de prateleira. O panorama mudou e, agora, muitas estão migrando para plataformas abertas e empacotadas, sobretudo aquelas que foram recentemente privatizadas.
O levantamento revela que os dois setores estão buscando também a integração dos sistemas, apesar de ainda serem muito dispersos, o que explica a grande demanda por ferramentas de gestão integrada (ERP), processo iniciado há cerca de dois anos e que tende a prosseguir até 2007.
Segundo o relatório da IDC, o setor elétrico brasileiro, em particular, atravessa um momento favorável aos investimentos. Depois do apagão em 2001, o setor se defronta agora com outra realidade, na qual terá de centrar foco na redução do risco regulatório, crescimento do consumo e investimentos do governo para melhorar a infra-estrutura do país, com prioridade para as grandes obras das áreas de transporte e de energia.
O estudo da IDC indica que há muito, ainda, o que se fazer em TI no setor de utilities. Os sistemas e as infra-estruturas das empresas são antigos, o que as impedem de atender as demandas dos seus usuários internos. Há necessidade de melhorar o nível de segurança e de integração dos sistemas e de se obter melhores informações gerenciais.