Wipro investe para conquistar clientes locais

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Cerca de 350 profissionais já fazem parte da equipe da subsidiária brasileira da Wipro Technologies, empresa indiana de serviços de TI, que desde 2006 mantém uma fábrica de software em Curitiba, além de mais 500 colaboradores que trabalham em diversos países da América Latina. Os dirigentes são contratados localmente e entendem as necessidades locais.
Essa é a resposta de Martha Bejar, presidente da empresa para América Latina, às criticas formuladas pela Associação Brasileira das Empresas de Software e Serviços para Exportação (Brasscom) de que as empresas indianas não entendem a cultura de negócios do país e, portanto, não são competitivas com as empresas brasileiras do setor.
A executiva, que assumiu o cargo em julho do ano passado, já ocupou o cargo de vice-presidente da área de comunicações da Microsoft e de presidente da Nortel para América Latina e Caribe. Ela afirma que a empresa investe para entender a cultura local de cada país da América Latina e o mercado brasileiro em especial, tanto que criou aqui um Centro Estratégico de Desenvolvimento, para apoiar os clientes em suas iniciativas (veja reportagem em "links relacionados" abaixo).
De acordo com Sridhar Ramasubbu, diretor financeiro de operações internacionais da Wipro, a empresa entende a questão da cultura local haja vista que na Índia existem 14 línguas oficiais e tem centros de desenvolvimento em países como Estados Unidos, Romênia, China, Filipinas e Malasia. "Hoje 80% do desenvolvimento é realizado fora da Índia e 39% da receita é oriunda do exterior e pretendemos chegar a 50%. Os Estados Unidos contribuem com 15% a 17% e a Europa com 20%. A América Latina ainda não é representativa, estamos começando, mas nosso objetivo é de longo prazo", explicou.
A Wipro, no seu último ano fiscal, encerrado em março passado, faturou cerca de US$ 7 milhões (veja mais em "links relacionados" abaixo) com crescimento de 28%, em média, nos últimos cinco anos, enquanto a média do mercado foi de 16%, segundo a Nasscom, associação que reúne as empresas de prestação de serviços da Índia.
Deste total, 88% foram provenientes de serviços de TI e o restante de outros negócios da empresa como, por exemplo, a joint venture que mantém com a General Eletric para fabricação de equipamentos para a área de saúde.
A carteira de clientes no Brasil é de cerca de 20 empresas, 50% com sede no país, como a Lojas Renner, B2BW(Lojas Americanas), entre outras. Seu foco de atuação é o mercado de manufatura, comércio e varejo. "A empresa tem uma forte atuação com o Oracle Retail, por conta de uma empresa que compraram em Portugal especializada nesse segmento. A empresa também deve anunciar em breve a conquista de cliente na área bancária", acrescentou Fernando Estrázulas, responsável pelos negócios da empresa na América Latina.

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