Os preços dos produtos comercializados pela internet registraram deflação de 2,03% em abril, de acordo com o índice e-Flation, o que representa uma redução de deflação de 0,68 ponto percentual em relação à deflação do mês anterior (2,71%) e de 0,53 ponto percentual em relação à deflação observada em abril de 2011 (1,50%). O indicador, desenvolvido pelo Programa de Administração do Varejo (Provar), da FIA (Fundação Instituto de Administração), em parceria com a Felisoni Consultores Associados e a Íconna, tem como proposta monitorar as variações dos preços de produtos ofertados online, acompanhando as tendências no mercado de consumo pela internet.
O índice não registra alta nos preços desde outubro de 2011, quando foi registrada a marca de 0,7%. A avaliação dos últimos 12 meses indicou deflação acumulada de 10,45%. Ao longo dos quatro primeiros meses do ano, o e-Flation já totaliza deflação de 6,30%.
A avaliação revela que os produtos eletroeletrônicos puxaram a deflação, registrando queda de 0,77% nos preços durante o período. Em seguida, com recuos de 0,61% e 0,59%, apareceram medicamentos e produtos de telefonia e celulares, respectivamente. Já os produtos de cine e foto tiveram redução de preços de 0,30%, eletrodomésticos, de 0,27%, CDs e DVDs, 0,25%, e brinquedos, 0,22%. Já as categorias que registraram inflação em abril foram informática (0,58%), perfumes e cosméticos (0,39%) e livros (0,02%).
“Com o comprometimento da renda, o consumidor está refletindo ainda mais no momento de realizar suas compras, inclusive pela internet. Somado a isso, a competitividade entre sites de e-commerce está muito acirrada, o que contribuiu para ocasionar deflação constante de preços”, argumenta Claudio Felisoni, presidente do conselho do Provar/FIA.
O e-Flation é avaliado a partir da segunda quinzena do mês anterior à primeira do mês em referência. Os itens que compõem a cesta de cada uma das categorias são aqueles que, sendo os mais anunciados entre os sites mais procurados, resultam no que se chama de "campeões de vendas".