Tendo como base um trabalho acadêmico desenvolvido pela professora Maria da Graça Sebag Bernd, da UFRGS, a empresa de serviços e soluções da área de telecomunicações Aider Telecom, criou a Aidernano S.A., uma fabricante de nanotubos de carbono magnetizados, que oferecer várias soluções inovadoras ao mercado.
A nanotecnologia é a capacidade potencial de criar coisas a partir do menor, usando as técnicas e ferramentas que estão a ser desenvolvidas nos dias de hoje para colocar cada átomo e cada molécula no lugar desejado, o que preconiza uma nova revolução industrial, com importantes consequências econômicas, sociais, ambientais e militares.
A primeira etapa do projeto funcionará incubada na Unicamp a partir do segundo semestre desse ano, produzindo 28 kgs de matéria prima por dia, usando uma técnica que não poluiu e nem deixa resíduos, pois a mesma, ao contrário de outros tipos de tecnologia, é usada novamente para queima na produção.
Segundo explica Jomar Fajardo, um dos sócios do projeto e responsável pelo desenvolvimento dos negócios, quatro áreas já se beneficiarão das soluções: construção civil, cosmética, energia, e um segmento inusitado, que é o de fabricação de pranchas de surf, uma vez que o material fica mais resistente e impermeável, melhorando o desempenho da prática do esporte. "Tal como já aconteceu com a eletricidade ou os computadores, a nanotecnologia melhorará em grande medida quase todas as facetas da vida diária", explica.
Na construção civil, se aplica na fabricação de cimento, diminuindo a porosidade de lajes e paredes; no segmento de cosmética, se aplica nos compostos que levam ouro em cremes "anti-age"; na área de energia renovável, é usada na produção de células fotovoltaicas, pois as torna mais transparentes, permite maior longevidade no uso das placas, evita corrosão e melhora a captação da energia solar.
A base da nanotecnologia permite que não só os produtos sejam aperfeiçoados como também uma ampla variedade de melhorias nos meios de produção. Na área de tecnologia, por ser usa na fabricação de microprocessadores, transistores, etc. "Imagina-se dispositivos médicos com capacidade para circular na corrente sanguínea e detectar e reparar células cancerígenas antes que elas evoluam", exemplifica Fajardo, acrescentando que nanotecnologia pode se vista como "a próxima revolução industrial".