Depois de enfrentar uma série de problemas para tentar conter os suicídios que ocorreram em sua fábrica na cidade de Shenzen, no sul da China, a Foxconn, fabricante de equipamentos eletrônicos em regime de terceirização, pode encerrar as atividades no país. Segundo informações do site chinês de notícias On.cc, a decisão pode resultar na demissão de mais de 800 mil empregados no país e tirar as fábricas estrangeiras instaladas na China.
Segundo o On.cc, além de fechar as portas das unidades do governo central, a Foxconn pretende investir na substituição de uma série de operações por máquinas e transferir o centro de suas atividades para o Vietnã, onde tem uma filial. As decisões foram tomadas em uma reunião dos acionistas majoritários da companhia realizada na quarta-feira, 9, e tornadas públicas na quinta-feira, 10.
A Foxconn, que fabrica equipamentos para empresas como Apple, Dell, Sony e HP, começou a ganhar destaque nas páginas de jornais e sites internacionais de notícias depois de uma série de suicídios em sua fábrica de Shenzen. Depois da morte da décima primeira pessoa na unidade, alguns de seus clientes começaram a questionar sobre as condições de trabalho e os salários oferecidos pela Foxconn, a qual, em resposta, anunciou aumentos salariais que chegaram a 100%. Mas nem isso parecer ter rosolvido o clima pesado no ambiente de trabalho.
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