A receita do YouTube com publicidade deve atingir US$ 1,13 bilhão neste ano, o que, se confirmado, representará um aumento de 39% na comparação com 2013, de acordo com projeção da consultoria eMarketer. Apesar da previsão de que sua participação de mercado não aumentará substancialmente, a receita com anúncios em vídeos que são executados no site — excluindo banners, anúncios em resultados de buscas e outros tipos de propaganda, juntamente com o tráfego e os custos de aquisição de conteúdo — deve crescer.
Uma das questões que está impedindo o crescimento ainda maior da receita, segundo a consultoria, é o tempo que o público gasta com vídeo digital no YouTube. Os anunciantes não têm o tempo gasto por eles no site para avaliar o retorno. Os clipes são demasiadamente curtos para incluir anúncios ou não "amigáveis" a marca, e ambos são atributos de muitos vídeos gerados por usuários do YouTube que têm o maior número visualizações.
A Millward Brown Digital divulgou recentemente números que mostram que o YouTube teve quase 167 milhões de visitantes únicos em agosto passado — um aumento de 2,71% na comparação com o mesmo mês de 2013. Os números de seu ranking de sites Top 50 dos EUA, com base no comportamento digital de cerca de 2 milhões de consumidores, revelam que o rival Facebook gerou 168 milhões de visitantes únicos em agosto.
Os números também sugerem que o YouTube não consegue rentabilizar a maioria do seu tráfego. O lado positivo é que o volume de usuários, a variedade de conteúdo e os vários canais no YouTube, com foco em temas como dicas de beleza e de jogos, dão aos anunciantes que querem entregar anúncios relevantes para a audiência um alcance muito bem direcionado.
A eMarketer prevê que a AOL e o Yahoo irá aumentar a receita com publicidade no formato de display — ou display advertising (anúncios em banners, imagens etc.), como também é chamado — em conteúdos de vídeo premium, incluindo vídeos completos, curtas digitais e outros programas produzidos profissionalmente. A receita com display advertising da AOL nos EUA deve crescer quase 20% neste ano, estimativa a eMarketer, apontando para o sucesso da plataforma de anúncios Adap.tv. Já o negócio de exibição de vídeo do Yahoo nos EUA continua a diminuir, devendo recuar 3,6% neste ano.