As conexões de serviços pagos de VoIP no país ultrapassaram a marca de 1 milhão no ano passado, de acordo com o estudo recém-publicado pela IDC, denominado Brazil Telecom Services Database. Segundo a consultoria, o número dá a real dimensão de como o VoIP passou a fazer parte da realidade das pessoas e empresas no Brasil.
Para apurar esse número, a IDC considerou todos os modelos de negócios baseados na tecnologia VoIP que envolviam assinatura mensal ou adição de créditos no modelo pré-pago. ?É claro que o grande volume de conexões VoIP no Brasil advém de aplicações gratuitas. Entretanto, esses serviços estão limitados às chamadas realizadas dentro das redes IP, gerando espaço para provedores que completem chamadas fora da rede pública?, explica Alex Zago, analista sênior de telecom da IDC Brasil.
Esse nicho de negócio, segundo ele, explodiu entre 2005 e 2006, quando inúmeras empresas entraram no mercado brasileiro oferecendo serviços VoIP sob os mais variados modelos de negócio, tanto para clientes residenciais quanto para clientes corporativos. Hoje, o serviço é usado principalmente por pessoas e empresas que buscam economia nas chamadas de longa distância, mas também por usuários residenciais que o enxergam como uma solução alternativa aos serviços tradicionais de telefonia fixa.
Um dado importante, apontado pelo estudo, é que os serviços VoIP têm gerado um grande volume de tráfego, afetando diretamente as receitas das operadoras tradicionais de longa distância, como demonstram os balanços das empresas. Além disso, os serviços VoIP não-gratuitos ainda representam um volume de receitas relativamente pequeno se comparado às receitas das operadoras de longa distância. ?O tíquete médio dos provedores de VoIP ainda é relativamente baixo, o que é coerente com a estratégia da grande maioria dos provedores do setor, que é a competição por preço? completa Zago.
