Gartner reduz projeção mundial de gastos com ERP

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Este último trimestre vai marcar o início de um cenário desafiador para o mercado de sistemas de gestão empresarial (ERP), já que a atual desaceleração da vendas em todo o mundo, aliada à escassez de crédito provocada pela crise financeira mundial, deve reduzir os investimentos das empresas nesse tipo de software, segundo análise do Gartner. Tanto, que o instituto de pesquisas reviu para baixo a projeção de gastos das companhias com ERP entre 2008 e 2012.
Neste ano, o mercado mundial de ERP deve movimentar cerca de US$ 229,2 bilhões, um crescimento de 13,9% em relação a 2007. A cifra, contudo, representa uma pequena redução de cerca de 0,8% em relação a estimativa inicial do Gartner, a qual previa que o mercado atingiria US$ 231,2 bilhões, uma expansão de 14,9% na comparação com o ano passado.
Para 2009, a consultoria cortou a projeção de gastos das empresas com software de ERP em 3,47%, que inicialmente eram de US$ 253,1 bilhões, ou uma alta de 9,5% em relação a este ano. Agora, a previsão para o ano que vem é que esse mercado gere receitas de US$ 244,3 bilhões, resultado 6,6% superior a 2008.
"O business case para muitas iniciativas de infra-estrutura agora é a busca por harmonizar a redução de custos e a gestão de risco, em vez de fomentar o crescimento das receitas", disse Fabrizio Biscotti, diretor de pesquisas do Gartner.
Segundo ele, a revisão dessa previsão leva em conta uma série de fatores que têm surgido nos últimos meses, incluindo as recessões confirmadas em vários países-chave; a nova projeção do PIB para novembro desses países; os alertas antecipados de fornecedores em outubro e novembro sobre as suas expectativas de vendas para o quarto trimestre e o ano de 2009; e as flutuações das taxas cambiais que estão causando a perda de valor do euro e da libra esterlina britânica face ao dólar.
Segundo o Gartner, todas as regiões do mundo irão sentir o impacto da retração nos gastos com ERP em algum grau, seja no quarto trimestre ou ao longo de 2009. No entanto, os países mais maduros sentirão um impacto maior, enquanto os emergentes registrarão taxas mais lentas de crescimento.

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