Em 2008, mais da metade dos brasileiros com de dez anos de idade ou mais, ou seja, cerca de 86 milhões de pessoas, tinham telefone celular para uso pessoal – percentual que era de 36,6% em 2005, correspondendo a 56 milhões de pessoas, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) sobre Acesso à Internet e Posse de Telefone Móvel Celular para Uso Pessoal, divulgada nesta sexta-feira, 11, pelo IBGE.
De 2005 a 2008, enquanto a população de dez anos de idade ou mais cresceu 5,4%, o contingente daqueles que possuíam celular teve aumento de 54,9%. Das pessoas que tinham celular para uso pessoal, 38,6 milhões, ou 44,7%, não tinham telefone convencional no domicílio em que moravam, percentual que era decrescente de acordo com o aumento do rendimento mensal domiciliar per capita, afirma o instituto.
O percentual de pessoas que tinham o aparelho no ano passado era maior entre os homens (54%) que o de mulheres (53,6%), apesar de a diferença ter caído de 2,8 pontos percentuais, em 2005, para 0,4 ponto percentual, em 2008. O contingente de mulheres com posse de celular era de 27,8 milhões em 2005, e o de homens, 28 milhões. A posse era maior entre os homens apenas nas regiões Sul (64,6% deles contra 61% delas) e Sudeste (59,8% e 57,4%, respectivamente).
Entre a população com menos de 30 anos, é maior o percentual de mulheres com celular. O IBGE afirma que a posse de celular estava diretamente ligada ao nível de escolaridade e ao rendimento. As pessoas que tinham celular apresentavam um número médio de anos de estudo superior (9,2) ao das que não tinham (5,2), e o percentual dos que tinham celular era ascendente com o aumento da faixa de rendimento. Em 2008, o rendimento médio domiciliar per capita real entre aqueles que não possuíam celular correspondia a 44,9% do rendimento dos que possuíam. Em 2005, essa proporção era 38,7%.
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