A TV móvel deve experimentar uma fase de grande crescimento, já que o serviço é o principal aplicativo que usuários gostariam de ver nos seus telefones, de acordo com um estudo de comportamento entre consumidores realizado pela Ericsson e a da rede de TV americana CNN, divulgado durante o Mobile World Congress, que acontece até esta quinta-feira (14/2) em Barcelona, na Espanha.
Os resultados mostram que mais de um terço (34%) dos pesquisados elegeram a TV como aplicativo de maior demanda e praticamente metade (44%) deles devem adotar a TV móvel num período de dois anos. Além disso, a pesquisa revela que mensagens com vídeos e fotos devem ser amplamente adotadas com a redução de tarifas e mais funcionalidades. Ela aponta que 57% dos pesquisados usam a tecnologia de fotos para enviar e receber imagens todos os meses, o que faz com que essa atividade seja a mais popular.
Essa tendência também foi refletida na popularidade do serviço iReport, da CNN, um serviço de conteúdo gerado pelo usuário, lançado em 2006. O serviço, segundo a rede de TV, recebeu 50 mil mensagens, que inclui imagens e vídeos de celulares de 189 países do mundo inteiro durante os primeiros 12 meses. No ano passado, a CNN International apresentou um novo serviço móvel, que gera receita por meio da propaganda. O CNN Mobile oferece informações para usuários em qualquer lugar com acesso aos blogs ?In The Field?, que são produzidos pelos correspondentes internacionais da rede.
De acordo com o relatório, praticamente um em cada quatro (24%) usuários de TV móvel utilizam o serviço todos os dias e metade (52%), semanalmente. Com uma pontuação de 77%, as notícias dominam as preferências, seguidas por programas da TV aberta, com 48%.
Para o vice-presidente mundial de multimídia da Ericsson, Jan Wäreby, embora esteja no início, a TV móvel deve ser um serviço popular dentro de alguns anos. ?Com base na demanda pelos serviços em conjunto com novos padrões de uso, a TV móvel representa uma das maiores oportunidades de multimídia em rede para operadoras de TV a cabo e telecomunicações?, avalia.
A pesquisa ouviu 981 pessoas nos Estados Unidos e foi realizada entre os meses de agosto e setembro do ano passado.