Registros de roubos de dados atingem quase um 1 bilhão em 2014, aponta estudo

1

As violações de dados aumentaram 49% no ano passado, com quase 1 bilhão de registros de dados comprometidos, provenientes de 1,5 mil ataques — um aumento de 78% no número de registros de dados perdidos ou roubados em relação a 2013, de acordo com novo relatório da Gemalto, fornecedora holandesa de soluções de segurança digital e SIMCards. A empresa informa que cerca de 575 milhões de registros foram comprometidos em 2013.

O roubo de identidade foi de longe o maior tipo de ataque, com 54% das violações envolvendo o roubo de dados pessoais, acima dos 23% em 2013. Os registros de dados são definidos como informações pessoalmente identificáveis, tais como endereços de e-mail, nomes, senhas, dados bancários, informações sobre saúde e números de programas de seguridade social.

Ainda de acordo com o relatório, menos de 4% do número total de incidentes de violação foram de dados criptografados, em parte ou na sua totalidade. Entretanto, embora dados criptografados sejam mais seguros, muitas empresas e organizações ainda não estão criptografando os dados de seus usuários.

Um exemplo disso, cita o documento, foi o ataque sofrido na semana passada pela Anthem, uma das maiores empresas de seguro-saúde dos Estados Unidos, que resultou no roubo de milhões de senhas de clientes. A empresa mantinha armazenados os números de planos de seguridade social de 80 milhões de clientes, sem criptografá-los. Hackers invadiram o banco de dados e roubaram informações, o que já se configura como a maior violação de dados sofrida por uma empresa de seguro-saúde.

Líder em violações

Na Europa, o Reino Unido foi, de longe, o país que teve o maior número de violações de dados, com 117 infrações, seguido pela França, com 9, e Alemanha, com 8 brechas. Isso faz com que o Reino Unido ocupe a segunda posição em violações de dados em todo o mundo, atrás apenas dos EUA, que lidera o ranking. Cerca de 76% de todos os incidentes de violação de dados registrados em 2014 ocorreram nos EUA.

Segundo o relatório, o setor de varejo foi o que sofreu o maior número de violações, e viu a sua participação aumentar de 29% em 2013 para 55% no ano passado. Houve um aumento no número de ataques a sistemas de ponto-de-venda (PDV). As agências governamentais e outras empresas do setor público respoderam por 17% do número total de ataques, totalizando cerca de 50 milhões de registros de dados.

"Nós estamos vendo claramente uma mudança na tática dos cibercriminosos, tendo o roubo de identidade cada vez mais como a meta principal, em detrimento do roubo de números de cartões de crédito", disse Jason Hart, vice-presidente de serviços na nuvem, identidade e proteção de dados da Gemalto, ao The Wall Street Journal.

A divulgação do relatório coindice com um megataque contra sites do governo holandês, esta semana. O governo disse que a interrupção de muitos dos seus serviços foi resultado de um ataque de negação de serviço (também conhecido como Denial of Service – DoS), e estava sendo investigado pelo Centro Nacional de Segurança Cibernética.

1 COMENTÁRIO

  1. É por isso que escolho o país antes de fazer compras internacionais. Além das taxas absurdas de importação no Brasil, corremos esse "risco de segurança" nos nossos dados (incluindo os bancários).

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.