O lançamento do SBC-2 segue o sucesso de seu predecessor, o Spaceborne Computer, uma prova de conceito que a HPE desenvolveu e lançou no espaço em 2017, em parceria com a Nasa, para operar na ISS em uma missão de um ano. O objetivo era testar se os servidores comerciais acessíveis usados na Terra, mas equipados com recursos de proteção baseados em software projetados para um propósito específico, poderiam suportar o tremor, o barulho e o rolar de um lançamento de foguete ao espaço e, uma vez lá, operar perfeitamente na ISS.
A prova de conceito abordou a necessidade de recursos de computação mais confiáveis na ISS, ou órbita terrestre baixa (LEO), que antes eram impossíveis de alcançar devido ao ambiente hostil da ISS de gravidade zero e altos níveis de radiação que podem danificar o equipamento de TI necessário para hospedar tecnologias de computação.
Além disso, obter uma computação mais confiável na ISS é apenas o primeiro passo nas metas da Nasa para apoiar viagens espaciais humanas à Lua, a Marte e além, onde comunicações confiáveis são uma necessidade crítica para a missão.
O Spaceborne Computer-2 oferecerá o dobro da velocidade de computação com recursos de computação de ponta desenvolvidos com o sistema HPE Edgeline Converged Edge e o servidor HPE ProLiant para absorver e processar dados de uma grande variedade de dispositivos, incluindo satélites e câmeras, com processamento em tempo real.
Os avanços combinados do Computador Spaceborne 2 permitirão aos astronautas eliminar latências mais longas e tempos de espera associados ao envio de dados de e para a Terra visando realizar pesquisas e obter insights imediatos para uma série de projetos, incluindo:
- Monitorar em tempo real as condições fisiológicas dos astronautas através do processamento de raios x, ultrassom e outros dados médicos, para acelerar o tempo de diagnóstico no espaço.
- Dar sentido aos volumes de dados de sensores remotos: existem centenas de sensores que a Nasa e outras organizações colocaram estrategicamente na ISS e em satélites, que coletam grandes volumes de dados que requerem uma quantidade significativa de largura de banda para enviar para processamento na Terra.
Com a computação de borda no espaço, os pesquisadores podem processar imagens on-board, sinais e outros dados relacionados a uma série de eventos, tais como:
- Tendências de tráfego, tendo uma visão mais ampla do número de carros nas estradas e até mesmo em estacionamentos;
- Qualidade do ar, medindo o nível de emissões de gás carbônico e outros poluentes na atmosfera;
- Rastreio de objetos que se movem no espaço e na atmosfera, desde aviões até mísseis.