Comércio via rede social ainda divide opiniões no Brasil

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Profissionais de marketing e de mídias sociais têm opiniões similares quando se trata de reconhecer a importância das mídias sociais para aproximação com os seus públicos de interesse e para ampliar o reconhecimento da marca. Por outro lado, quando o assunto é a implementação de lojas de e-commerce nessas plataformas de relacionamento, as percepções são variadas. Pelo menos é o que se constatou ao fim dos debates no Painel “Redes de relacionamento transformam-se em plataforma de negócio?”, realizado nesta segunda-feira, 12, em São Paulo, na edição de 2012 do Web Expo Forum.

Para Fernando Taralli, presidente da VML, o que deve definir se o e-commerce deve ocorrer na própria rede social — ou se esta deve atuar apenas como rede geradora de tráfego para outras plataformas de vendas online — é a estratégia do negócio. “Não há estratégia certa ou errada. Vai prevalecer o que fizer mais sentido para o negócio e o que 'fechar' o ROI, é isso que irá direcionar o investimento”, diz o executivo.

Taralli afirma que, teoricamente, já é possível realizar qualquer transação comercial por meio do Facebook, a maior rede social do mundo. “No Brasil, já há muitas marcas com sublojas no Facebook. A questão, aqui, são os custos diversos envolvidos, como infraestrutura e gestão, entre outros”, diz o presidente, para quem é inevitável o "casamento" entre social e e-commerce.

Alessandro Gil, CMO da Rakuten Brasil, é um dos que veem com ceticismo a tendência de social commerce. “Ninguém entra no Facebook para comprar. Os usuários estão ali para experiências que podem ser inclusive com uma marca, mas compram em outro ambiente”, afirma o executivo, salientando que muitas marcas pioneiras em F-Commerce decidiram fechar suas lojas nessa plataforma, devido à falta de êxito da empreitada. “Claro que a marca tem de estar lá, manter suas estratégias de relacionamento, mas não necessariamente para vendar na rede social”, acredita Gil.

Citando pesquisas de consumo internacionais, o CMO da Rakuten Brasil destaca que, embora as pessoas não estejam comprando via redes sociais, elas são altamente influenciadas pelos comentários de amigos sobre produtos e promoções, o que acaba se refletindo nas vendas eletrônicas. “Levar o Facebook para o site é sensacional. Mas acho 'carregado' ter loja no Facebook”, diz Gil.

Entre as estratégias que considera promissoras, o executivo da Rakuten destaca a oferta de provadores virtuais de roupas, em que o usuário escolhe peças de vestimenta e assessórios e submete a sua imagem com os itens escolhidos à avaliação dos amigos na rede. Se quiser, o usuário pode se dirigir à loja virtual e adquirir os produtos experimentados virtualmente.

Por sua vez, Marcos Puccini, responsável pelo negócio by You (rede corporativa oferecida pela TOTVS), testemunha que, pelo menos na base de clientes que solicitam projetos com a rede by You, a principal demanda é por direcionamento de tráfego para os seus portais. “Eles querem trazer a informação para o seu ambiente e ter níveis de segurança como, por exemplo, saber com certeza quem está por trás de um perfil na rede”,diz.

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