HP elege Brasil como mercado-chave para ofertas em nuvem

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Um ano depois de cortar 29 mil empregados e de adotar medidas para recuperar o caixa e reduzir as dívidas, a HP começa a colocar em prática nos mercados em que atua as estratégias para tentar fazer frente à queda nas vendas de PCs e à desaceleração nos gastos de tecnologia da informação no setor corporativo. Uma delas é a inserção do Brasil como um dos mercados-chave para oferta de nuvens híbridas, a fim de consolidar a empresa como fornecedora de tecnologia para diversos processos do negócio nas áreas de mobilidade, big data, modernização de aplicações e business analytics (BA).

O Brasil é o primeiro país da América Latina a receber o Virtual Private Cloud (VPC), solução corporativa que oferece recursos computacionais e serviços de administração em ambiente híbrido, ou seja, em nuvem pública e privada. “Investimos alguns milhões de dólares na infraestrutura de armazenamento de nossos servidores, redes e data centers, além de treinamentos técnicos e administrativos de nossas equipes para capacitá-las não apenas em questões técnicas de suporte ao produto, mas também para atuar como consultores na complexa migração de sistemas tradicionais para a nuvem, que será o futuro da TI corporativa”, explica o vice-presidente e gerente geral da divisão de serviços corporativos da HP no Brasil, Luciano Corsini. 

Atualmente, a HP possui dois data centers no país, em Alphaville, na Grande São Paulo, e São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista, com infraestrutura cuja capacidade pode ser ampliada em até cinco vezes a atual.

Segundo o executivo, a principal vantagem do VPC é a cobrança totalmente sob demanda. “Por isso, este produto é direcionado a empresa de qualquer porte. Desde as pequenas e médias, até multinacionais, com a vantagem de não possuir nenhum código lockin, ou seja, é completamente aberta para ser trabalhada com qualquer aplicação”, completa.

Plano de cinco anos

Para Corsini, a HP conseguiu retomar o caminho da recuperação no ano passado, quando voltou a investir US$ 3,5 bilhões anuais em pesquisa e desenvolvimento de produtos e serviços. “A companhia voltou a gerar caixa e resultados positivos. Em 2012, tivemos o quarto trimestre com resultados financeiros dentro das metas, por isso posso afirmar que o período de turbulência já passou”, afirma. A geração de caixa livre global ficou acima dos US$ 10 bilhões.

O plano traçado pela CEO da HP, Meg Withman, foi iniciado no início do ano passado e projeta recuperação e expansão dos negócios até 2014, aceleração do crescimento em 2015 e completo restabelecimento em 2016.

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