A Caixa Econômica Federal revelou nesta quarta-feira, 12, que investirá cerca de R$ 3 bilhões em inovação neste ano — em 2012 foram investidos R$ 2 bilhões — como parte de sua estratégia de crescimento, que está diretamente relacionada a um dos atuais desafios do setor: a busca por maior eficiência operacional, tema principal do Ciab Febraban 2013, evento do setor financeiro que acontece esta semana, em São Paulo.
Durante painel, Marcio Percival, vice-presidente de finanças da Caixa Econômica Federal, disse que a estratégia de investir em inovação baseia-se em integrar a TI ao processo de melhoria de gestão e redução de custos, incluindo a criação de plataformas tecnológicas, otimização da infraestrutura e diversificação dos canais de atendimento. "É importante tornar cada tipo de canal compatível com a necessidade de cada cliente", ressaltou.
O executivo ressaltou que a instituição possui planos agressivos de expansão desde 2008, a partir do fim da crise financeira mundial. No ano da crise em questão, a Caixa detinha 5,9% de participação no mercado financeiro brasileiro, índice que saltou para 16,2% neste ano. A estimativa, de acordo com Percival, é que em dezembro o market share do banco chegue a 18%.
No atual cenário, em que a TI está cada vez mais alinhada às atividades bancárias para obter maior eficiência, Percival acredita que as instituições financeiras devem se preocupar em atender três questões básicas na oferta de serviços. "O banco que busca maior rentabilidade em um mercado cuja concorrência é acirrada deve oferecer aos clientes disponibilidade, acessibilidade e interatividade", declarou. Nesse sentido, ele diz que é primordial a evolução dos canais digitais como internet banking. No caso da Caixa, o volume de transações por este meio cresceu 49,6% em abril deste ano comparado ao mesmo mês de 2012.
O executivo da Caixa observou que os desafios que o setor enfrenta hoje para crescer no mercado estão ligados ao desenvolvimento e transformação pelo qual o cenário econômico e financeiro do país passou nos últimos dez anos. Durante o painel, Percival lembrou que na última década houve uma mudança importante na estrutura do crédito, a qual impactou o funcionamento do setor gerando uma concorrência maior e saudável entre as instituições financeiras. Em 2003, por exemplo, a taxa de crédito representava 21,9% do PIB (Produto Interno Bruto), enquanto neste ano a taxa já está em aproximadamente 54%. Outro ponto a ser considerado foi a redução da taxa básica de juros, que caiu de 26,3% em 2003, para 7,9% neste ano.
Deveria investir em atendimento de qualidade, pois não se compara ao atendimento dos bancos privados. A postura dos profissionais é realmente de serviço público…