Twitter revela ter pagado US$ 134,1 milhões pela provedora de dados sociais Gnip

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Somente agora, quase três meses depois de anunciar a compra da provedora de dados sociais Gnip, o Twitter revelou que o custo da aquisição foi de US$ 134,1 milhões. O preço inclui o pagamento de US$ 107,3 milhões em dinheiro e o restante em ações da rede de microblogs, segundo documento arquivado na Securities and Exchange Commission (SEC), órgão que regula as empresas cotadas em bolsa nos Estados Unidos.

A aquisição, que teve como objetivo fornecer capacidade avançada de análise de dados aos seus clientes empresariais, dará mais controle ao Twitter sobre informações obtidas a partir do conteúdo que flui através de sua rede. Em dezembro do ano passado, a Apple pagou mais de US$ 200 milhões para o Topsy, um concorrente do Gnip que analisa as atividades no Twitter, segundo pessoas com conhecimento sobre a negociação disseram à época à Bloonberg News.

A incorporação do Gnip permtirá também, segundo o Twitter,  analisar riscos relacionados com "processamento de cartão de crédito". Esse, aliás, é um sinal do interesse da empresa em se tornar uma espécie de central de transações de comércio eletrônico. Embora os usuários não possam comprar diretamente através do site, a rede de microblogs tem procurado construir uma estratégia nesse sentido, tanto que, recentemente, assinou um acordo de compra da CardSpring, empresa que fornece um serviço que permite aos usuários trocar ofertas e descontos com base em tuítes dos varejistas.

Fundada em 2008, a Gnip tem uma parceria de quatro anos com o Twitter e ajuda empresas a analisar dados por meio dos tuítes públicos. Ela também é parceira de outras mídias sociais como o Tumblr, WordPress, Foursquare, Disqus, IntenseDebate, StockTwits e GetGlue.

Separadamente, o Twitter anunciou que revisou os dados sobre o número de usuários que acessam o serviço de microblog via aplicativos de terceiros, e, portanto, não visualizam anúncios. Segundo a empresa, 11% dos usuários ativos acessaram seu serviço através de aplicativos de fora no último trimestre, ante um calculo inicial de 14%.

O porta-voz do Twitter, Jim Prosser, foi questionado durante uma apresentação sobre a revisão do número. "O Twitter já indicou que para este período cerca de 14% de todos os usuários ativos utilizavam aplicativos com capacidade de acesso automático aos nossos servidores para atualizações regulares, mas mais tarde descobrimos que este número incluía alguns usuários que acessaram o Twitter por meio de aplicativos de propriedade e operados por terceiros."

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