A Cisco Systems registrou crescimento nas vendas em várias linhas de produtos no período de agosto a outubro, o que teve reflexos positivos nos resultados financeiros do primeiro trimestre do ano fiscal de 2016, encerrado em 24 de outubro. O lucro da fabricante de equipamentos de rede aumentou 33%, saltando de US$ 1,8 bilhão um ano antes para US$ 2,4 bilhões. Na mesma base de comparação, a receita subiu 3,6%, de US$ 12,2 bilhões para US$ 12,7 bilhões.
O fluxo operacional de caixa contabilizou US$ 2,8 bilhões, o que representa um crescimento de 11% na comparação com os US$ 2,5 bilhões registrados no primeiro trimestre do exercício fiscal anterior.
No trimestre, a Cisco recomprou 4,5 bilhões de ações ao preço de US$ 20,92 a ação, o que perfaz um total de US$ 93,9 bilhões desde que a empresa iniciou seu programa de recompra de ações — o montante restante autorizado para recompra de ações é de aproximadamente US$ 3,1 bilhões, sem prazo limite.
O desempenho superou as próprias expectativas da empresa e as estimativas de Wall Street. Mas, apesar disso, as ações da Cisco caíram mais de 5% no after-hours trading, negociação após o fechamento da Nasdaq, cotadas a US$ 26,42. A razão é que a empresa projetou receita e lucro para o segundo trimestre fiscal abaixo das estimativas de analistas. A empresa citou como motivo dessa projeção fatores macroeconômicos e questões cambiais.
"Eu não vou tornar o ânimo leve", disse Chuck Robbins, CEO da Cisco, referindo-se a projeção abaixo das estimativas, durante uma teleconferência com analistas. Segundo o The Wall Street Journal, o executivo disse, no entanto, que os problemas devem ser superados a partir da segunda metade do ano fiscal. Um sinal positivo, disse ele, é que as encomendas da Cisco na China saltaram 40% no primeiro trimestre, depois de uma longa sequência de quedas.