A Research In Motion (RIM), fabricante do BlackBerry, disse nesta quinta-feira, 13, ter encontrado uma forma de permitir que o governo indiano tenha acesso ao serviço de mensagens e e-mails de seus aparelhos. Segundo informações do The Wall Street Journal, as soluções, no entanto, não se estendem aos serviços fornecidos para empresas.
O Ministério do Interior da Índia havia exigido que a RIM encontrasse uma forma de permitir que o governo soubesse o teor das mensagens enviadas por meio do BlackBerry, já que, quando são armazenadas nos servidores da companhia, são criptografadas. Esse sistema de segurança, para o governo indiano, pode acobertar comunicações feitas entre criminosos, podendo, inclusive, facilitar ações terroristas.
Boatos sobre o assunto, que circularam no fim do ano passado, diziam que a Índia havia dado até o dia 31 de janeiro para que a RIM encontrasse uma forma de cooperar com o governo. Mesmo negando a veracidade dos rumores, a companhia discutiu durante quase dois meses com o governo daquele país em busca de uma solução que agradasse todas as partes envolvidas, principalmente seus clientes.
Encontrada a forma de acabar com as discussões, a RIM declarou que agora está de acordo com todos os padrões de segurança estabelecidos pelo governo indiano. O único problema, ressalva, é se as exigências de fiscalização se estenderem para os clientes corporativos, que não se sentirão seguros em saber que um governo tem o poder de vigiar suas mensagens.
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