O ano começou com um dado alarmante: além dos trojans, o uso de worms para roubar dados confidenciais de usuários aumentou exponencialmente em janeiro. Segundo dados coletados pelo PandaLabs, laboratório de análise e detecção de malware da Panda Security, enquanto os trojans responderam por 24,41% das infecções, os worms contabilizaram 15,01%. Estes dados contrastam com os de 2007, em que os ataques causados por worms foram responsáveis por menos de 10% das infecções.
Segundo o laboratório, isso se deve à atividade crescente de worms tipo Nuwar, também conhecidos como storm. Os worms de computador podem se propagar por si mesmos rapidamente. Entretanto, ao contrário daqueles que causaram epidemias com grande cobertura da mídia, eles não procuram causar um colapso no tráfego de dados ou danificar computadores. Em vez disso, seu objetivo é roubar dados confidenciais para fraudes online ou crimes de roubo de identidade.
Esses worms geralmente chegam em mensagens que usam técnicas de engenharia social que fazem referência a casos atuais. Também incluem links redirecionados para páginas que foram modificadas para automaticamente instalar outro malware que rouba os dados, ou para páginas falsas semelhantes àquelas usadas para ataques phishing.
Outros tipos de malware que causaram danos em janeiro foram o adware (21,21%), trojans backdoor (4,03%), spyware (3,13%) e bots (2,65%). O malware mais ativo foi o trojan Downloader.MDW, designado para baixar outros códigos maliciosos no sistema. Os worms Bagle.HX e Perlovga.A ocuparam a segunda e terceira posição. Em seguida vieram o worm Puce.E, o trojan Spammer.ADX e o worm de e-mail Brontok.H. Os quatro últimos da lista são a variante QV do worm Bagle, o trojan Downloader.RWJ, o adware VideoAddon e o worm Lineage.GYE, que tem como objetivo roubar senhas do jogo online Lineage.