A fase piloto do projeto Aprender Conectado já ativou a internet em 94% das escolas públicas de Baía da Traição, cidade litorânea no norte da Paraíba, que conta com 17 unidades de ensino. Isso significa que toda a infraestrutura externa necessária para a chegada da internet até a escola já foi feita.
A etapa seguinte, já em andamento em algumas unidades, é a instalação da rede interna para disponibilização da tecnologia wi-fi nas áreas comuns da escola, o que possibilitará o uso efetivo dos equipamentos pelos alunos e professores.
O projeto Aprender Conectado, criado a partir do edital do leilão do 5G, escolheu nesta fase dois municípios em cada região do país, totalizando 177 escolas públicas, rurais, urbanas e algumas situadas em áreas indígenas e quilombolas, que vão ganhar conexão com Internet banda larga, rede wi-fi em todo o ambiente escolar e kits de informática. Os municípios Santa Luzia do Itanhy, em Sergipe, e Baía da Traição, na Paraíba, são os representantes da região Nordeste.
Na fase piloto estão sendo contempladas escolas nas seguintes localidades: No Norte, Pau D'Arco (PA) e Espigão do Oeste (RO), no Nordeste, Baía da Traição (PB) e Santa Luzia do Itanhy (SE), no Centro-Oeste, Gaúcha do Norte (MT) e Cavalcante (GO), na Região Sudeste, Berilo (MG) e Silva Jardim (RJ) e na região Sul, Entre Rios (SC) e Coronel Domingos Soares (PR).
Entenda o projeto Aprender Conectado
O projeto Aprender Conectado surgiu com o Edital do 5G, que destinou recursos da ordem de R$ 3,1 bilhões para levar conectividade a escolas públicas de educação básica, com a qualidade e velocidade necessárias para o uso pedagógico das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) nas atividades educacionais.
Para definir os critérios do projeto e gerir seus recursos, foi criado o Grupo de Acompanhamento do Custeio a Projetos de Conectividade de Escolas (Gape), composto pela Anatel, ministérios da Educação e das Comunicações, e as empresas vencedoras da faixa de 26 GHz, Algar Telecom, Claro, Telefonica, dona da marca Vivo e TIM. O Gape é presidido pelo conselheiro Vicente Aquino e tem a missão de fiscalizar a Entidade Administradora da Conectividade das Escolas (Eace), responsável pela execução do projeto, criada pelas operadoras Algar Telecom, Claro, Tim, e Telefonica, dona da marca Vivo, vencedoras da licitação da faixa de 26GHz.
O Aprender Conectado atenderá escolas em todo o País, incluindo as situadas em comunidades indígenas, quilombolas e assentamentos, garantindo conexão com alta velocidade, mesmo para aquelas que não possuem energia, com internet banda larga, rede wi-fi e kits de informática.
De acordo com o painel de conectividade do Gape, disponível no site da Anatel, no Brasil existem 138.803 escolas públicas, das quais 9.498 não possuem internet, sendo, aproximadamente 90% do total nas regiões Norte e Nordeste. Os dados apontam também a existência de 3.241 escolas sem energia elétrica e 92.711, sem laboratório de informática.