Ciberataque ao FMI visava informações privilegiadas

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Depois do escândalo sexual envolvendo o ex-diretor-gerente Dominique Strauss-Kahn, acusado de agressão sexual e tentativa de estupro, o que lhe custou o cargo, o Fundo Monetário Internacional (FMI) está às voltas agora para tentar desvendar a origem do ciberataque que foi vítima recentemente. Embora o organismo internacional não tenha divulgado publicamente o ocorrido, vários altos funcionários com conhecimento do ataque cibernético disseram que foi ao mesmo tempo sofisticado e grave, mas cujas dimensões ainda são desconhecidas, segundo apurou o New York Times.
O ataque teve o objetivo de roubar informações sensíveis e privilegiadas, segundo afirmou um especialista em segurança neste domingo, 12. "Esta foi uma quebra muito grande", disse um funcionário, ao admitir que outros já tinham ocorrido ao longo dos últimos meses, mesmo antes da saída de Strauss-Kahn. Questionado sobre os ataques, um porta-voz do Fundo, David Hawley, se recusou a fornecer detalhes ou explicar a natureza da invasão. "Estamos investigando o incidente, e o fundo é totalmente funcional", disse ele ao jornal americano.
A preocupação com o ataque foi tão significativa que o Banco Mundial, cuja sede fica em frente à rua do FMI no centro de Washington, cortou a interligação do computador que permite que as duas instituições compartilhem informações. Um porta-voz do banco disse que a conexão havia sido interrompida em razão "uma abundância de cautela", até que a gravidade e a natureza do ataque cibernético ao FMI fossem compreendidas. Essa interligação entre as duas instituições permite que compartilhem dados não públicos e conduzam reuniões, e os usuários do sistema dizem que ele não permite acesso a dados financeiros confidenciais.
O FMI disse que não acreditava que a invasão em seus sistemas tenha relação com a intrusão na RSA Security, ocorrida em março, e que comprometeu algumas informações que as empresas e governos usam para controlar o acesso aos seus sistemas de computadores mais sensíveis (veja mais informações em "links relacionados" abaixo). RSA notificou seus clientes sobre a perda de seus dados, e os hackers no mês passado tentaram usar as informações roubadas da RSA para obter acesso a computadores e redes da Lockheed Martin Corporation, a maior empresa da área militar dos EUA.

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