A recém-formada Associação Global de Compras Coletivas (GDDA, na sigla em inglês), do Reino Unido, propôs a criação de um código de conduta para regular o setor. O objetivo é melhorar a reputação das empresas com os consumidores e estabelecer práticas justas e éticas, comunicação clara e precisa nas ofertas, políticas transparentes sobre procedimentos, além de procedimentos efetivos para lidar com reclamações e uma política de reembolso compreensível e simples.
Em resumo, o código irá tratar de privacidade, reclamações, procedimentos, créditos e reembolsos e questões delicadas envolvendo a insatisfação de clientes. Hoje, as reclamações mais comuns são sobre má experiência de compra, sensação de embromação pela falta de clareza das informações sobre restrição de uso de cupons, dentre outras.
A GDDA é formada por apenas quatro empresas britânicas do setor, DiscountVouchers.co.uk, Time Out Offers, MumsandMe e DealCollector. A principal crítica diz respeito a efetividade da tentativa de regulamentação, já que os maiores participantes desse mercado, principalmente o Groupon, está fora. Em nota enviada ao blog de tecnologia TechCrunch, a gigante americano das compras coletivas apoiou a iniciativa, mas não cogitou a filiação à GDDA.
Recentemente no Brasil, em reunião com o Procon-SP, quatro grandes companhias, Peixe Urbano, Groupon, Click On e Clube do Desconto, admitiram dificuldades em suas operações. Pelo rápido crescimento do setor, elas ainda estão aprendendo a lidar com alguns problemas gerados com algumas ofertas e foram autuadas pelo órgão de desfesa do consumidor a pagar multa de até R$ 6 milhões em novembro, por operarem em desacordo com o Código de Defesa do Consumidor. Hoje, com exceção do estado do Rio de Janeiro, não há uma legislação específica para esse mercado.