Competição entre empresas agora mira ferramentas digitais

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O advento da internet e o surgimento do e-commerce equilibraram as forças entre pequenas, médias e grandes empresas em suas respectivas capacidades de contatar o consumidor a qualquer hora e em qualquer lugar. Por isso, a competição entre as organizações se transferiu para outro terreno, que é a capacidade de utilizar as ferramentas digitais que surgem a cada dia.

Considerando essas ferramentas, algumas das mais importantes são as que estabelecem novos meios para atrair clientes ou turbinar as vendas virtuais. Em geral, as novidades com maior potencial de transformação chegam ao mercado exibindo altos custos e, por isso, sugerem um perfil mais adequado às grandes organizações. No entanto, existem três razões para que as pequenas e médias empresas não se sintam intimidadas com isso. A primeira é que os preços normalmente caem com o tempo. A segunda é que, após a redução do custo, as pequenas e médias organizações podem realizar a implantação de forma bem mais rápida em relação às grandes, que precisam mover uma enorme estrutura para tanto.

A terceira é que, se pesquisarem bem, é possível encontrar serviços gratuitos que, mesmo limitados, podem ser bem utilizados a fim de proporcionar um pouco de "musculatura" às operações digitais.

Nessa direção, uma das mais recentes novidades disponibilizadas no mercado digital é o pretargeting, que veicula anúncios para pessoas cujo histórico de navegação denota um perfil de cliente potencial. Outro recurso interessante é o retargeting, que impacta o internauta mais de uma vez com diferentes propostas a respeito de um produto consultado, no momento em que o navegador procura avançar para outras páginas. Já a ferramenta remarketing parece ser bastante promissora ao permitir que o anunciante alcance pessoas que já estiveram em seu site, impactando-as com mensagens relevantes nas visitas feitas em outras páginas da rede.

Outros recursos digitais, como a geolocalização, produzem resultados que extrapolam o mundo virtual, pois aproximam pessoas de lojas físicas. Ao utilizá-lo, uma rede de unidades pode, por exemplo, enviar mensagens para os seus potenciais clientes no momento em que esses se encontram nas proximidades de uma de suas lojas ou de seus competidores. A pessoa que recebeu o estímulo pelo celular pode acreditar que se trata de coincidência. Mas não é. Esse tipo de tecnologia já está sendo aplicada e merece a atenção das empresas.

Distribuição de seguros nos canais digitais

Por outro lado, novos instrumentos digitais estão chegando para incrementar as receitas das empresas que nos últimos anos passaram a agregar seguros ao seu leque de produtos.  Esse nicho, denominado seguros por afinidade (ou massificados), cresce ano a ano e vem sendo explorado com sucesso pelas grandes organizações em sites de e-commerce. Contudo, as pequenas e médias empresas também podem consultar corretores e seguradoras a fim de, igualmente, tirarem proveito deste universo, ao se organizarem em associações.

A Chubb, uma das seguradoras pioneiras em seguros por afinidade no Brasil e no mundo, tem se destacado como referência no mercado por conta do elevado grau de evolução de suas capacidades de distribuição digital de seguros, integrando o hall das insurtechs, contração das expressões em inglês "insurance" (seguros) e "technology". O conceito se refere a organizações que utilizam soluções tecnológicas inovadoras voltadas para o mercado de seguros. Alguns desses instrumentos da seguradora permitem que as empresas obtenham um retrato fiel e em tempo real do humor de seus clientes com relação aos produtos comercializados, considerando produtos, serviços e atendimento a sinistros. Outras ferramentas da companhia ainda possibilitam o conhecimento de necessidades de diferentes grupos de pessoas, bem como a linguagem ideal no momento de oferecer proteções a nichos específicos, entre outros recursos.

Portanto, a internet democratizou o mercado ao colocar o cliente ao alcance de todas as empresas, seja qual for o porte das organizações. Mas as ferramentas digitais estão desequilibrando a disputa em favor de quem mantém os olhos no horizonte a fim de acompanhar a evolução desses instrumentos. E são essas as empresas que vão obter os melhores resultados daqui em diante.

Laercio Cerboncini, responsável pela área Digital da Chubb Seguros no Brasil.

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