Uma pesquisa realizada pela SIA (Security Industry Association) e apresentada durante o evento ISC Brasil 2012, em São Paulo, apontou que o mercado nacional de segurança faturou R$ 1,2 bilhão em 2011 e deve crescer 20,6% anualmente, chegando a um faturamento de R$ 3,7 bilhões até 2017.
O estudo avalia que 39,6% do faturamento total referem-se às tecnologias para videovigilância, enquanto 20,8% deste mercado ficarão por conta dos sistemas de controle de acesso. A infraestrutura dos eventos esportivos que serão realizados no Brasil, como a Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016, é um dos fatores que impulsionaram o setor, porém, a necessidade de segurança iminente em diferentes localidades das grandes cidades também é determinante na integração destes projetos.
O mercado de segurança já oferece inúmeras tecnologias – às vezes futurísticas para nossa cultura – que garantem máxima eficiência em soluções de segurança. Mas, pensar somente nas tecnologias de ponta não é suficiente para alcançar o melhor resultado da integração de um projeto. Neste caso, é primordial que o desenho de um projeto para sistemas de segurança seja pensado por uma equipe especializada no segmento e que essa equipe avalie as tecnologias mais adequadas para a necessidade de cada integração.
Hoje em dia, os sistemas que utilizam redes IP vêm se sobressaindo, inclusive estão substituindo soluções tradicionais baseadas em cabos coaxiais e DVRs, visto as vantagens que apresentam, como escalabilidade, redução de custo de infraestrutura, elevado desempenho e facilidade de manutenção.
Um sistema de monitoramento via rede IP cria fluxos de vídeo digitalizados, que são transferidos por meio de uma rede IP cabeada ou sem fio, permitindo a monitoração, a gravação do vídeo e a integração com outros tipos de sistemas, como o controle de acesso. As câmeras IP também se sobressaem pela alta resolução e qualidade de imagens e pela grande capacidade de armazenamento e análise do vídeo inteligente.
Com a utilização dos módulos de vídeo inteligente, o sistema IP não dependerá 100% da atenção dos operadores de monitoramento, pois o sistema conseguirá avaliar automaticamente, situações de risco ou atitudes suspeitas, como: abandono ou retirada de objetos, controle de sentido e velocidade de veículos, contagem de pessoas e invasão de áreas de acesso restrito.
A tecnologia de monitoração IP não é complicada, mas entra na área de TI, que é um território desconhecido para os profissionais mais voltados para os sistemas de monitoramento. O sistema de CFTV analógico compete diretamente com o gravador de vídeo digital (DVR, do inglês digital vídeo recorder), mais tradicionais e proprietários, enquanto as soluções IP combinam produtos e serviços de vários fornecedores. Diante destes pontos, formam-se alguns mitos em relação à tecnologia IP quando comparado à solução analógica.
Apesar de o DVR representar uma tecnologia de ponta para sistemas de Circuito Fechado de TV (CFTV), ele não é totalmente digital, pois precisa de cabos analógicos que podem distorcer a qualidade da imagem. A monitoração IP tem todas as vantagens de um DVR e ainda oferece escalabilidade ao conectar de uma a milhares de câmeras, e permite que por apenas uma rede (IP) possa conectar a gerenciar dados, vídeo, voz e outros – tornando o gerenciamento mais eficiente e econômico.
A capacidade de controle de qualquer fluxo de vídeo, ao vivo ou gravado, de qualquer lugar do mundo, por redes cabeadas ou sem fio, é uma grande vantagem do sistema IP. Ainda é realidade o fato de uma câmera IP ter custo mais elevado do que uma analógica, isso porque inclui um número maior de funcionalidades, como digitalização, compressão de imagem e inteligência.
Mas, se analisarmos o preço total das tecnologias que um sistema tradicional exige, teremos uma relação de melhor custo-benefício ao longo prazo pelos sistemas IP. O Power over Ethernet (PoE) é outro aspecto de redução de custo, pois não precisa levar um cabeamento extra para alimentar a câmera.
Para quem já tem como legado uma instalação com câmeras analógicas, isso não impede a utilização da tecnologia da supervisão IP. Pois, com um encoder de vídeo é possível converter o sinal de vídeo analógico em fluxo de vídeo digitalizado pela rede, basicamente convertendo qualquer câmera analógica em uma câmera de rede. A maioria das atuais instalações de vigilância IP tem uma combinação de câmeras analógicas, servidores de vídeo em rede e segmentos que são compostos de câmeras de rede.
Outro ponto que nunca pode ser esquecido é a relação de segurança da rede. E nesse quesito, a Internet permite que dados que trafegam pela rede estejam protegidos por soluções como firewalls, VPNs e proteção de senha (por criptografia). E ainda, os projetistas de rede devem pensar em sistemas para que não haja queda de transmissão e falhas. Com sistemas de vigilância IP, estas medidas são possíveis e facilmente configuradas ao utilizar inúmeras funções que, atualmente, já são inerente a própria tecnologia.
Rodrigo Chaves é engenheiro Elétrico da Seal Telecom.
Preciso de um Engenheiro para elaborar um projeto de Sistema de Monitoramento IP para o clube, que fica em Santo André, meus contatos além do e-mail 4972-8200 97613-5181
grato;