Pensando na segurança da saúde e na otimização do tempo no mundo corporativo brasileiro, os advogados Getúlio Santos e Renato Haidamous, co-fundadores da ZapSign, lançaram a primeira assistente virtual de assinaturas de documentos que pode ser realizada inteiramente através do WhatsApp. Com a chegada da pandemia mundial de Covid-19, as assinaturas manuais de documentos deixaram de ser uma viabilidade para muitos negócios. Com o crescimento acelerado de empresas digitais, a busca por assinatura eletrônica pelos mais diversos profissionais quintuplicou, segundo o Google Trends.
Inicialmente, criada como um hobby e uma ferramenta facilitadora do dia a dia dos negócios dos sócios, a plataforma não havia sido pensada para ser comercializada. Entretanto, após entenderem os benefícios que a assistente proporciona, os sócios entenderam a alta demanda no mercado, principalmente por conta da pandemia. Os fundadores explicam que, após a identificação, a plataforma teve o MVP (Produto Mínimo Viável) criado em um mês, tendo a primeira venda realizada após 50 dias.
Um ano após o lançamento, a assistente de assinatura inteligente de documentos já possui crescimento mensal de 30% e mais de 52 mil clientes – sendo dois mil cadastrados na versão premium e 50 mil na versão gratuita da ferramenta. A utilização da plataforma pode ser uma solução como o primeiro passo de digitalização de pequenas e médias empresas e de trabalhadores autônomos , pois facilita a geração de documentos rapidamente e com custo baixo ou nulo, dependendo do pacote adquirido.
Segundo Santos, o desejo dos sócios era apresentar uma ferramenta segura, simples e de fácil acesso aos mais variados trabalhadores. "As plataformas que encontrávamos eram muito complicadas, necessitavam de uma série de passos e demoravam muito para serem finalizadas", explica o fundador. "Por isso surgiu a ideia de uma ferramenta que fosse mais acessível ao usuário menos familiarizado com as novas tecnologias e que pudesse ser compartilhado por qualquer programa de mensagens", complementa.
Os lucros gerados durante o último ano estão, atualmente, sendo reinvestidos em equipe para atendimento ao cliente, tecnologia e desenvolvimento de software, com melhorias e novidades lançadas semanalmente. Além disso, os sócios também apostam em recursos de infraestrutura e tecnologia, com expectativa de aumento de integrações com outros softwares com a plataforma até o segundo semestre de 2021. O uso de inteligência artificial para tornar assinaturas digitais mais seguras também está nos planos de melhorias, com a expectativa de criação de um recurso para reconhecimento facial e de voz.
Por ter sido elaborada no primeiro semestre de 2020, a plataforma nasceu já inserida dentro da Lei de Proteção de Dados, estudada a fundo pelos dois fundadores formados em direito antes mesmo do lançamento da ferramenta, uma vez que a lei entrou em vigor apenas em agosto do último ano. Assim, a ZapSign já passa por um processo de certificação da LGPD, garantindo proteção de todas as informações de clientes e funcionários. Contar com empresas que prezam pela privacidade de informações de clientes se tornou uma demanda natural e fundamental do mercado nos últimos meses.
Com clientes distribuídos por todo território nacional, com maior concentração nas regiões sul e sudeste, o desejo da ZapSign é que a ferramenta chegue a regiões brasileiras que não possuem grande aderência de internet, permitindo que sejam realizadas assinaturas off-line via aplicativo próprio. A ideia já vem sendo testada e estudada com clientes da plataforma, e permitirá uma maior massificação dos serviços apresentados pela startup.
