O presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), Renato Martini, e o diretor de Infraestrutura de Chaves Públicas (ICP-Brasil), Maurício Coelho, se reuniram na semana passada com representantes das autoridades certificadoras para debater sobre a certificação digital no Registro de Identidade Civil (RIC). Martini chamou atenção para a baixa receptividade do RIC entre a maioria dos membros do Comitê Gestor do Sistema Nacional de Registro de Identificação Civil (SINRIC).
Segundo ele, apenas alguns ministérios apoiaram a inclusão do certificado digital na emissão da nova identidade dos brasileiros. "Tenho a impressão que nem todos do grupo estão sensibilizados para os benefícios que uma identidade eletrônica pode trazer para o cidadão", avaliou Martini.
O presidente do ITI e Coelho ficaram responsáveis por apresentar na próxima reunião do Comitê Gestor do SINRIC, que acontecerá na quarta e na quinta-feira, 14 e 15, como a ICP-Brasil funciona, para que serve e como tem ajudado o cidadão brasileiro. De acordo com Martini, o preço da certificação digital assustou bastante o Comitê, mas não é necessário se alarmar. "O custo é uma fotografia da realidade de hoje. Essa realidade mudará quando o certificado digital for emitido para os milhões de brasileiros", conclui. Já Coelho apontou que "o certificado digital é uma ferramenta de segurança para o cartão, ou seja, para o cidadão brasileiro".
O presidente de Negócios de Identidade Digital da Serasa Experian, gestora da AC-Serasa, Igor Rocha, acrescentou que o RIC ganhou força e notoriedade graças a certificação digital, pois em um primeiro momento as duas eram associadas. "É necessário um trabalho de formação de base do Comitê Gestor do SINRIC para ele poder tomar uma decisão mais embasada", opinou Rocha. Ele ainda falou que o certificado digital é essencial no RIC, pois o Brasil ruma para uma sociedade virtualizada.
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