O Hospital Alemão Oswaldo Cruz está implementando um novo software em seu Centro de Diagnóstico por imagem, o Picture Archiving Communicatio System (PACS). O sistema começou a ser implantado em fevereiro deste ano e, segundo o gerente de TI da instituição, Denis da Costa Rodrigues, já conseguiu dinamizar a troca de informações de forma mais sustentável, ágil e econômica. Os resultados acontecem gradativamente. "O projeto está em andamento, a previsão é que dure um ano", explica.
A expectativa é que a solução seja totalmente implantada até fevereiro de 2013, já que a implantação do projeto acontece por etapas, que se dividem de acordo com a modalidade de diagnósticos, como informa Rodrigues. Os únicos exames que ainda faltam ser integrados ao novo sistema são os de hemodinâmica e o raio X.
Rodrigues conta que o PACS é um sistema, interligado a todos os equipamentos da área, que envia as imagens online diretamente para o médico. Dessa forma, cria-se um workflow para que o profissional possa avaliar e produzir os laudos, com o diferencial da redução do número de impressões e do uso de filmes radiológicos.
A tecnologia funciona em conjunto com o RIS (Radiology Information System), que está integrado ao SIGHA/Tasy e se caracteriza por permitir que as imagens dos exames e os laudos produzidos sigam diretamente para o prontuário digital do paciente, tornando-se parte dos registros no Hospital.
Controle de processos
Rodrigues conta que anteriormente à solução as imagens geradas pelo setor de Diagnóstico por Imagem eram impressas em material adequado e, assim, analisadas pelos médicos. "Após a análise, os médicos efetuavam o laudo ditado, que era enviado a uma central para digitação", diz. A etapa final se dava com a validação da digitação, executada pelo médico, e a finalização do laudo, que seria, na sequência, entregue ao paciente.
No entanto, esse processo contava com algumas dificuldades. Rodrigues destaca a lentidão para finalizá-lo, provocando perda de produtividade, justamente por conta de todas as etapas de impressão, digitação e validação antes da disponibilização para o paciente, período que "mudava de acordo com a modalidade (do exame): raios x, ressonância, ultrassonografia etc.", explica o gerente de TI.
Por esse motivo, acrescido à vantagem sustentável de eliminar o trânsito de papel, chegou-se ao formato do novo projeto. "Realizamos uma avaliação de aderência funcional e técnica com os principais fornecedores nesse mercado", comenta.
A decisão foi pela empresa Carestream, que desenvolveu o software e apoiou, segundo Rodrigues, todo o processo de implementação da solução, transferindo seus conhecimentos sobre o sistema para a equipe que o utiliza: aproximadamente 72 colaboradores.
Reformulação e benefícios
A implantação do novo sistema exigiu algumas mudanças. Foi necessário, por exemplo, alterar as plataformas de hardware e software antes existentes. "Tivemos que adquirir computadores específicos para a visualização das imagens digitais, além de servidores e storage para suportar a ferramenta", detalha Rodrigues.
A reformulação, porém, gerou vantagens, e entre os benefícios conquistados, ele elenca, de forma geral, a redução do tempo e do custo de entrega do laudo para o paciente, além da "visualização integrada das informações do paciente online".
O profissional não revela os investimentos empenhados no projeto nem o retorno estimado ou já obtido sobre o investimento na tecnologia. No entanto, ele revela algumas das prioridades, ao longo de 2012, do time de TI da Instituição. Segundo Moura, trata-se de projetos relacionados à redução do uso do papel, auxiliados, inclusive, pela solução em questão, acrescidos a uma nova infraestrutura de TI.