O mercado de segurança patrimonial cresce rapidamente, mas ainda são poucas as empresas que possuem um departamento específico para esta função. Pesquisa encomendada pela empresa Ipset Tecnologia revela que em menos de 20% das companhias os cuidados com a segurança estão sob responsabilidade de profissionais especializados. Na maioria, áreas voltadas a outros fins, como Administrativa (16%), Financeira (8%), Operações (19%), Recursos Humanos (15%) e TI (23%) vêm acumulando a função de vigilância no ambiente corporativo. A consequência é que boa parte das empresas (43%) admite insatisfação com o seu atual modelo e sistema de segurança patrimonial.
Outra fragilidade apontada foi em relação aos sistemas de Circuito Fechado de TV (CFTV), que receberam notas de até 3 (num universo de 1 a 10) de 47% das empresas abordadas. Na média, as companhias avaliam em 5,5 os seus sistemas CFTV (câmeras) atuais. A principal crítica está na qualidade das imagens (57%), seguida do pouco tempo para gravação (22%), da instabilidade (9%) e da dificuldade para operação (6%). Paralelamente, dados da Associação Brasileira das Empresas de Segurança Eletrônica (Abese) apontam os sistemas CFTV como a tecnologia de segurança eletrônica que mais cresceu nos últimosanos: em 2012, o Brasil registrou um crescimento de 9% no setor. O faturamento ficou em torno de R$ 4,2 bilhões. Ainda segundo o órgão, até 2014, o uso de câmeras de monitoramento eletrônico será duplicado.
Desenvolvido pela Ipset Tecnologia, especializada em segurança eletrônica e projetos especiais, que abrangem soluções de alarme, controle de acesso e CFTV, o estudo "Ipset Benchmark de Mercado: Segurança Patrimonial" entrevistou 186 empresas no período entre 6 de maio e 6 de setembro de 2013. Ao todo, cada participante respondeu em média 21 questões. Participaram do levantamento indústrias de alimentos e transformação; companhias de serviços financeiros e de TI; operadores logísticos, transportadoras, construtoras e varejo de seis estados brasileiros.
"Embora preocupante, o resultado era algo que conhecíamos, mas não de forma mensurada", revela Wesley Mamprim, sócio-diretor da IPset. "Conhecemos muitas histórias de empresas que desperdiçam recursos e tempo ao comprarem um sistema de câmeras qualquer e contratar um segurança, acreditando quem com isso vão diminuir vulnerabilidade e exposições a riscos," completa. "Com os dados coletados, conseguimos perceber, com muita mais clareza, quais as companhias e setores que precisam aprofundar ou mesmo simplificar os serviços de segurança patrimonial amparados em tecnologia", revela.