Investimento na área de logística e melhoria da infraestrutura, como o acesso a um aeroporto internacional; uma área extensa para instalação do parque fabril; e grande capacidade energética e de água. Estas são algumas das condições necessárias citadas por executivos da Foxconn à presidente Dilma Rousseff para a instalação de uma fábrica de telas de cristal líquido (LCD) para dispositivos móveis no Brasil. O presidente da fabricante chinesa, Terry Gou, se reuniu nesta quinta-feira, 13, com Dilma para negociar a construção de duas fábricas para a produção der telas sensíveis ao toque no país.
A demanda por mão de obra especializada também foi discutida na reunião com a presidente, que também teve a presença do ministro da Ciência e Tecnologia Aluízio Mercadante e do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. “A formação de recursos humanos precisa de muita engenharia nas áreas de química, mecânica, ótica e vai precisar de um esforço muito grande. Teremos que formar aqui e lá em Taiwan. Não temos aqui nenhuma produção assim, por isso teremos que formar a área técnica”, explicou Mercadante.
Os chineses negociam também a participação de parceiros nacionais. Dilma quer que haja ampla e irrestrita transferência de tecnologia, o que seria viabilizado por meio da participação desses parceiros. Essa exigência, com já reconheceu o próprio ministro Mercadante, também é um empecilho para a concretização do negócio. Isso porque está difícil encontrar um parceiro que tenha tecnologia e interesse para investir no projeto.
Mercadante evitou falar em cifras, mas afirmou que é fundamental a participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no projeto. “Estamos em uma fase de concluir a apreciação das áreas, de negociar com os parceiros brasileiros que deverão fazer parte desse consórcio e montar a engenharia financeira”, disse. Segundo ele, seis estados estão em estudo para receber as fábricas. Com informações da Agência Brasil.