Caso consiga vender suas patentes por pelo menos US$ 500 milhões, a Kodak pretende fazer um empréstimo de US$ 793 milhões para tentar se salvar da falência. A companhia de fotografia entrou com pedido de concordata nos Estados Unidos em janeiro para reorganizar seus negócios e, desde então, vem tentando vender 1,1 mil patentes por meio de um leilão, a fim de arrecaradar cerca de US$ 2,6 bilhões. As ofertas iniciais, porém, ficaram abaixo do esperado pela empresa, que adiou o leilão que ocorreria em agosto e ainda está sem data para ocorrer — fontes ligadas ao assunto dizem que pode acontecer antes do fim deste ano.
Segundo o The Wall Street Journal, o acordo entre a companhia e seus acionistas foi realizado no último domingo, 11, após alguns deles terem criticado a Kodak por ter desperdiçado dez meses após o pedido de concordata depositando esperanças na venda de patentes. Para obter o financiamento e tentar se livrar da falência, além de vender suas patentes digitais, a Kodak deverá obter progresso nas vendas, reestruturar obrigações relativas a pensões do Reino Unido e executar um plano de reorganização até 30 de setembro de 2013.
O pacote de financiamento, concedido pelas companhias de investimento e acionistas Centerbridge Partners, GSO Capital Partners, J.P. Morgan Chase e UBS, inclui US$ 476 milhões em novos empréstimos e US$ 317 milhões dos chamados empréstimos roll-up, que são recursos que a Kodak devia, antes de declarar falência, e serão deslocados para o novo acordo.