Enquanto o governo corre para pôr em prática o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), a iniciativa privada se movimenta para criar ofertas de banda larga popular. A Oi lançou em novembro nos estados de Pernambuco e Pará um plano de acesso a 300 Kbps por R$ 29,90 ao mês. A oferta só foi possível graças à isenção do ICMS negociada com esses estados. O próximo a ter esse plano disponível pela Oi será o estado do Paraná, que também concordou em cortar o imposto. Para 2011, a companhia tem como meta aumentar a velocidade da banda larga popular para 1 Mbps e reduzir ainda mais o preço do plano, informa o diretor de assuntos regulatórios da Oi, Paulo Mattos.
"Esse era um sonho da Oi muito antes de o governo criar o PNBL. A empresa estudava há bastante tempo esse plano e negociava o apoio dos estados", afirma Mattos, garantindo que a iniciativa da Oi não seria uma resposta ao PNBL.
Subsídio direto
Mattos propõe também que o governo federal subsidie diretamente a oferta de banda larga popular das concessionárias, usando recursos de um fundo novo para esse fim ou mesmo do Fust ou do Fistel. Ele argumenta que o subsídio direto foi o mecanismo usado no programa "Luz para todos", tido como um sucesso por ter levado eletricidade para áreas rurais. Há também exemplos internacionais: "Os EUA tem 35 milhões de pobres. Lá tem um fundo público para subsidiar banda larga para essa população", relata o executivo.
- Internet