O governo de Minas Gerais oficializa nesta sexta-feira, 14, a execução de dois projetos com o propósito de impulsionar o ensino, a pesquisa e a indústria de tecnologia da informação do estado. Em cerimônia no Palácio Tiradentes, o vice-governador Alberto Pinto Coelho inaugura a Rede Metropolitana de Belo Horizonte, em parceria com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), e assina o acordo de cooperação técnica que viabiliza o Programa Estratégico de Software e Serviços de Tecnologia da Informação (TI Maior) no estado.
Minas Gerais, ao lado de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, responde por 86,7% do número total de empresas da indústria brasileira de software e serviços de TI. O acordo visa ampliar a competitividade da área no estado por meio dos cinco pilares do programa — desenvolvimento econômico e social, posicionamento internacional, inovação e empreendedorismo, produção científica, tecnológica e inovação, e competitividade.
A Rede Metropolitana de Belo Horizonte — que terá 184 quilômetros de extensão e será construída com cabos de fibra ótica — vai conectar, a 10 gigabits por segundo (Gbps), 13 instituições de ensino, pesquisa e do governo municipal e estadual. A rede faz parte do projeto Redes Comunitárias de Educação e Pesquisa (Redecomep), coordenada pela RNP e supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
A Redecomep BH permitirá às instituições participantes o desenvolvimento de pesquisas científicas colaborativas, em nível nacional e internacional, que exijam a troca de grande volume de dados. E também a utilização de serviços avançados de comunicação e colaboração com redução de gastos, como serviços de webconferência, telefonia VoIP e videoconferência, entre outros. Isso porque a rede da capital mineira está conectada à rede nacional de grande capacidade e dedicada a ensino e pesquisa operada pela RNP (a rede Ipê).
Para a implantação da infraestrutura, foram investidos R$ 2 milhões, com recursos da Finep, agência de fomento vinculada ao MCTI. Já a manutenção e a operação da rede ficarão a cargo das instituições integrantes, na forma de consórcio, o qual é formado pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais, Centro de Pesquisas René Rachou (Fundação Oswaldo Cruz), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), Fundação João Pinheiro(FJP), Fundação Nacional das Artes (Funarte/MinC), Instituto Federal de Minas Gerais, Instituto de Geociências Aplicadas, Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes/MG) e universidades Estadual (UEMG) e Federal de Minas Gerais (UFMG).
Entre as ações previstas pelo programa TI Maior estão a consolidação de ecossistemas digitais, a certificação e a preferência nas compras governamentais para software com tecnologia nacional, a aceleração de empresas nascentes de base tecnológica com foco em software e serviços (startups), a atração de centros de pesquisa globais e a capacitação de jovens para o mercado profissional.