A proposta de reajuste salarial de 13,4% para este ano do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Tecnologia da Informação (Sindpd) foi rejeitada pelo sindicato patronal. O Sindpd informou que a proposta feita pelas empresas do setor foi de reajuste de 5,9%. Com isso, a primeira reunião para tratar do aumento terminou sem acordo entre as partes.
O Sindpd diz que a oferta patronal está muito aquém do pedido e abaixo, inclusive, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano passado, que ficou em 6,4%, calculado pelo IBGE e que é usado como parâmetro para reajustar salários em negociações trabalhistas.
"Nós tratamos essa negociação com muita seriedade e este índice está muito abaixo da expectativa dos trabalhadores de TI. O Brasil teve um ano de grande crescimento econômico e o setor de TI teve rendimentos ainda maiores, crescendo mais de 10%", afirmou Antonio Neto, presidente do Sindpd e da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil).
Além de recusar a proposta do sindicato dos trabalhadores de TI, o sindicato patronal rejeitou a inclusão da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 80% do salário, mais parcela fixa de R$ 200, e do pagamento de auxílio-refeição, aumento do valor da hora-extra e adicional noturno. Foi negada também a inclusão de novos pisos como o de programadores, analistas de sistemas e administradores de bancos de dados.
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