Quando eu era criança, meu pai me ensinou a abraçar árvores. Ele também me ensinou a nunca negar comida a uma pessoa e também que o mais bonito no mundo é ensinar e compartilhar algo com as pessoas. O compartilhamento e a educação em suas melhores expressões, no bojo da sociedade em rede, apresentam-nos a um tal de Social Good.
O Social Good, fazer o bem em rede, está na influência que usamos para espalhar altruisticamente o que torna uma comunidade melhor. Ele se inicia quando começamos a cansar das redes sociais como um lugar apenas para compartilhar fotos, vídeos e detalhes de nossa vida ou ler e escrever notícias ruins, e começamos a compartilhar coisas boas e com conteúdo verdadeiramente engrandecedor.
Com mais de 80 milhões de pessoas no Brasil e quase 1 bilhão de pessoas inseridas no mundo das redes sociais, somos todos catalisadores de ideias. Se você é o que você compartilha, e quem compartilha é um educador, então somos todos educadores. Quando você compartilha uma ideia, pense que você está educando as pessoas ao seu redor.
É possível diminuir os problemas do mundo por meio da inteligência coletiva, da sociedade em rede e da colaboração humana. A realidade não é mais impressa em enciclopédias, e a revolução não está acontecendo somente armada de hashtags e links encurtados. Pessoas e projetos já estão ensinando lições que não estão nos livros, e aqui vão só alguns exemplos. Os arquivos exclusivos de Nelson Mandela estão on-line e disponíveis para todos, em um projeto apoiado pelo Google. Veja em: www.archive.nelsonmandela.org. Nos Estados Unidos, há uma rede social para gerar colaboração na vizinhança, o NextDoor (nextdoor.com). No Reino Unido, há o Sustaination, uma plataforma de redes sociais que conecta fazendeiros com vendedores locais (www.sustaination.co.uk). O documentário I Want To Say mostra como a tecnologia touch trouxe às crianças autistas a possibilidade de se comunicar e se conectar com o mundo. Veja em: //gil.gd/LbD5g8.
No Brasil, saltamos à frente. Veja em www.meurio.org.br, que usa as ferramentas on-line para transformar a cidade. Ou o movimento “Quem se importa” (www.quemseimporta.com.br), que inspira as pessoas a serem transformadoras. Você praticou um ato para um mundo melhor? Conte na Arca de Gentileza (www.arcadegentileza.com.br).
São vários exemplos positivos, são novas formas de consumo e de criação social. Hoje, em pleno terceiro milênio, as pessoas fazem coisas para se sentir inseridas no mundo, para ganharem sua satisfação, por motivações intrínsecas ou simplesmente pela alegria de fazer algo em benefício do outro. Compartilhar faz bem! E você, como está usando sua influência on-line e off-line?
Gil Giardelli é autor do livro "Você é o que você compartilha" (Editora Gente), e especialista no Mundo.com, com quase duas décadas de experiência no universo digital. Web-ativista, é também professor nos cursos de Pós-Graduação e MBA do Miami Ad School e do Centro de Inovação e Criatividade (CIC) da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), em São Paulo, e da FIA-LABFIN/PROVAR em São Paulo. Giardelli também é CEO da Gaia Creative