A segunda rodada da negociação salarial dos trabalhadores de Tecnologia da Informação de São Paulo aconteceu na tarde desta quinta-feira, 14, na sede do Seprosp, sindicato patronal da categoria, em São Paulo. A proposta levada pelas empresas de TI do estado não agradou a comissão do Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Tecnologia da Informação), que negou o reajuste salarial de 4% para toda a categoria, atendendo ao faseamento, opção que permite ao patronal parcelar em duas vezes o valor proposto de reajuste.
O presidente do Sindpd, Antonio Neto, julgou a proposta de pagamento de 2% em janeiro e 2% em julho indecorosa, por não refletir as previsões de crescimento do setor. De acordo com a consultoria Gartner, serão movimentados mais de US$ 96,5 bilhões no Brasil, número que representaria um aumento de 0,6% em relação aos US$ 95,8 bilhões revisto pela consultoria em 2015, na área de TI.
Os índices da inflação, de 10,24% pelo IPCA [Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo] e de 11,28% pelo INPC [Índice Nacional de Preços ao Consumidor], também não foram levados em consideração pelos patrões. "Se o patronal quiser renegociar, ele vai se reunir e vai nos chamar. Vou preparar as nossas baterias, conversar com os trabalhadores, visitar as empresas e dizer a eles qual foi a proposta. Está interrompida a negociação", afirmou Antonio Neto, que indicou que a posição da Comissão de Negociação do Sindpd era, de pronto, consultar a categoria sobre os possíveis procedimentos de mobilização já nesta semana.
No entanto, por solicitação da comissão patronal de negociação, o presidente do Sindpd concordou em aguardar nova assembleia dos empresários, bem como a apresentação de uma nova proposta minimamente razoável para que se inicie um processo coerente de negociação.
As demais alterações solicitadas pelos empresários na última reunião também foram mantidas. O encontro terminou sem definição da data da terceira rodada da negociação.