Diante da paralisação judicial do leilão das freqüências de WiMAX, um dos principais estimuladores deste mercado apóia a possibilidade das operadoras prestarem o serviço nas áreas onde têm concessão para a telefonia fixa.
De acordo com Elaine Nucci, gerente de desenvolvimento de mercado WiMAX para a América Latina, a entrada das teles significa um maior número de players e, portanto, mais opções para o consumidor. ?Não acredito no monopólio. Não se trata da participação de um setor ou de outro, mas sim de ambos?, diz.
A Intel tem uma parceria com o CPqD e os fabricantes Proxim e Parks para a fabricação local tanto das estações radiobase WiMAX como das CPEs (Costumer Premises Equipment). O objetivo é vencer a barreira de preço para viabilizar a tecnologia no mercado brasileiro.
O roadmap da Intel prevê o lançamento para o segundo trimestre deste ano, dos PC Cards de acesso à tecnologia WiMAX móvel, e no final do ano a tecnologia será incorporada a outros dispositivos móveis. Para o início de 2008, a Intel prepara o lançamento da plataforma Intel Centrino Duo com chip WiMAX embarcado.
?O lançamento é mundial, o que significa que esses produtos estarão disponíveis para o Brasil também. A efetivação do serviço dependerá apenas da existência das redes?, afirma ela.
Fabricantes
O atraso do leilão tem provocado certa instabilidade nas empresas que montaram escritório no Brasil. A Alvarion, por exemplo, tinha as operações da Améria Latina centralizada aqui, mas dispensou o diretor-geral Ginaldo Pereira e concentrou os negócios da região no Uruguai.
No final do ano passado, a Alvarion estabeleceu uma parceria com a integradora brasileira Promon (elas têm proposta conjunta para RFP da Brasil Telecom). De acordo com Carlos Pingarilho, diretor de novos negócios da Promon, a decisão da Alvarion teve um impacto ?muito baixo? na parceria. ?Já tínhamos contato grande com o pessoal de fora do Brasil?, afirma.