Localizada em São Paulo, a nova sede da Nestlé marca um novo momento da companhia, no qual a tecnologia ganha cada vez mais destaque nos seus processos de negócios. Em uma área construída de 210 mil metros quadrados, o novo complexo é formado por um centro comercial e duas torres. A empresa ocupa dez andares, da Torre Sigma, além de abrigar duas cozinhas no térreo e a Loja Nestlé, aberta ao público, na Torre Alpha. O projeto recebeu investimentos de mais de R$ 50 milhões.
A mudança rompe fronteiras ao criar um ambiente de trabalho organizado, de alta disponibilidade e colaborativo para os seus 2.500 funcionários. Tudo foi pensado para garantir a integração entre as diferentes áreas da empresa, desde a administração até as plantas industriais, com o objetivo de melhorar a produtividade e os seus sistemas de automação. "É um ambiente muito mais colaborativo e aberto, que privilegia a interação entre as pessoas e a sustentabilidade no uso dos recursos", destaca Fernando Molina, IT Manager da Nestlé.
Parte desta premissa está atrelada a uma infraestrutura de rede padronizada e de acordo com as normas internacionais da empresa. Para desempenhar esta tarefa, a nova matriz da Nestlé foi equipada com as soluções de conectividade da CommScope de última geração. A responsável pela execução desta rede foi a Comtec, especializada em elaboração e implantação de infraestrutura de TI, de São Paulo. O trabalho levou quatro meses para ser concluído e contou com a participação de 80 profissionais. Foram instalados 3.677 pontos de rede Cat.6 para atender as estações de trabalho, além de 204 pontos Cat.6A dedicados aos pontos de acesso Wi-Fi.
O data center também fez parte da empreitada e envolveu o moving do ambiente do edifício antigo, também em São Paulo. Segundo o diretor da Comtec, Vicente Salzano, a estrutura foi projetada para garantir alta performance, disponibilidade e eficiência energética. "Fizemos o projeto executivo envolvendo o cabeamento, sistemas de elétrica e UPS, ar condicionado de precisão e detecção e combate a incêndio inteligentes no data center", acrescenta o diretor.
Gestão automatizada da infraestrutura (AIM)
Um dos diferenciais do projeto é o sistema de gestão automatizada da infraestrutura imVision, da CommScope. Com interface em português, a solução fornece visibilidade e monitoramento em tempo real de todas as conexões de rede. Os mais de 3.600 pontos são detectados por meio de sensores em infravermelho, presentes nos patch panels e DIOs – distribuidores internos ópticos. A Nestlé adquiriu um modelo de licença ilimitada do software de gestão (system manager), assim, o recurso pode ser estendido para outras unidades da companhia, de acordo com a sua necessidade.
Ricardo Wassermann, gerente de canais de integração da CommScope, explica que o imVision é um sistema aberto que pode ser utilizado com patch cords não proprietários, padrão de mercado. "Ele ajuda a localizar os pontos de falha da rede de forma rápida e precisa, minimizando o downtime. É possível ainda localizar geograficamente os dispositivos IP em tempo real, melhorar o gerenciamento dos ativos, fortalecer a segurança da rede, desde a camada física, e otimizar os trabalhos de gerenciamento da rede por meio da geração de ordens de serviço eletrônicas, além de muitas outras facilidades".
Data center
Chamado de computer room, o data center ocupa uma área de 80 metros quadrados. Como foi um projeto de moving, a Comtec fez um planejamento bastante detalhado de cada ação e em várias etapas, levando em conta a análise de risco, assessment (diagnóstico) do ambiente, carga elétrica e elaboração de documentação técnica. "Temos uma ampla experiência nesse tipo de trabalho em grandes indústrias de alimentos e agronegócio, por exemplo", acrescenta Salzano.
Um fator decisivo para garantir disponibilidade e alta performance ao ambiente, segundo Salzano, foi o sistema de cabeamento estruturado, fornecido pela CommScope. "O cabeamento é a base das aplicações de TI. A qualidade dos produtos e a correta instalação são fundamentais para o bom funcionamento de um data center". A rede combina sistema de cabeamento estruturado Cat.6A (com 730 pontos) e fibra óptica multimodo OM4 de 12 vias para atender os racks dos servidores.
Segundo Molina, da Nestlé, com o novo data center a empresa conseguiu consolidar e virtualizar os seus servidores, numa estratégia voltada para a nuvem e novos processos de transformação digital. Para se ter uma ideia, 37 equipamentos foram desligados, diminuindo o consumo de energia e espaço.