O número de leitores e a receita publicitária dos sites de notícias ultrapassaram os dos jornais impressos nos Estados Unidos. Segundo estudo do Pew Research Center, enquanto a receita dos noticiosos on-line subiu 13,9% no ano passado, a dos jornais tradicionais caiu 6,4%, na comparação com 2009.
Ao mesmo tempo, a internet foi o único meio de comunicação que ganhou adeptos, em vez de perder, durante o ano passado. A rede mundial viu a audiência subir 17,1% em 2010, ao passo que as TVs locais americanas perderam 1,5%, os jornais impressos 5% e as revistas 8,9%.
Segundo o Pew Research, a única mídia que ainda apresenta algum "desafio" à web são os canais de televisão locais, muito populares nos EUA. Os jornais, por sua vez, perdem cada vez mais espaço: 46% dos americanos acessam notícias on-line ao menos três vezes por dia, enquanto 40% as obtêm por meio dos jornais impressos ou dos sites a eles correspondentes.
Para a empresa de pesquisas, os dados representam uma tendência inevitável do jornalismo e do consumo de notícias, que passou a depender menos da venda direta de publicidade para se tornar cada vez mais voltado para a mobilidade. O estudo aponta que as redações de jornais, que são, a princípio, independentes, estão cerca de 30% menores do que em 2000 – o que significa de mil a 1,5 mil jornalistas a menos apenas nos EUA.
Na análise da consultoria, isso aconteceu porque, à medida que foram surgindo novas formas de consumo e distribuição de notícias, foram sendo adicionadas "camadas de complexidade" ao processo jornalístico – o que levou os jornais a perder receita e ter de repensar seu modelo de negócio.
Já nos meios de comunicação digitais, como sites e blogs, o intermediário deixa de ser a agência de marketing para serem os fabricantes e distribuidores de software, agregadores de conteúdo e aparelhos que possibilitam o acesso às publicações.
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