Uma tendência constante vem marcando a mobilidade no mundo inteiro nos últimos dois anos: a migração de todas as aplicações – inclusive voz – para a comunicação de dados. Nas empresas que cedem smartphones para seus funcionários trabalharem não há como determinar precisamente quanto desse consumo de dados é corporativo e quanto é pessoal, mas esse cenário está mudando, revela Al Subbloie, CEO da Tangoe, que esteve no Brasil nessa terça-feira, 15, para apresentar os novos recursos da plataforma de EMM – Enterprise Mobility Management, chamada Matrix, que estende o conceito de TEM (telecom expenses management) e MDM (mobile device management) propondo gerenciar não só os custos de telefonia e link de internet, mas também o gerenciamento de ativos e dos aplicativos na nuvem, como Salesforce.com, Office 365, etc.
Globalmente essa proposta está sendo chamada de ITEM (IT Expense Management) que se propõe a gerenciar os custos de comunicação fixa e móvel, contratos de cloud e aplicativos. Através de uma dashboard, poderá ser feita a gestão integrada de TIC, onde cada ponto poderá ser gerenciado, diminuindo a complexidade e reduzindo custos. Segundo pesquisa da IDC, o gasto de TIC das empresas brasileiras em 2015 chegará a US$ 165 bilhões.
Ultimamente, segundo Subbloie, controle de contas se tornou mais complexo por causa dos dispositivos móveis e de outros recursos que se utilizam de comunicação de dados: "E infelizmente essas despesas não desaparecerão. Ficam então perguntas como: será que ao usar VOIP estamos economizando? Será que temos economia ao permitir o BYOD (bring your own device)? Essas questões são as que a plataforma Matrix pretende responder''.
De acordo com Marcelo Pardo, sênior solution architecture da.Tangoe, pesquisa da Ovum mostra que 69% dos funcionários usam seus próprios dispositivos nas empresas, dos quais apenas 30% dizem ter conhecimento da política de uso das organizações. Explica ainda, que adoração da solução de ITEM permite administrar o ciclo de vida dos dispositivos, reduzir custos, ganhar eficiência operacional, integrar plataformas de TIC e obter satisfação do usuário.
Outro beneficio envolve a chamada Shadow IT, onde os custos invisíveis de TIC dos departamentos não são conhecidos. Pardo diz que uma pesquisa do Gartner mostrou que os departamentos de uma empresa usavam 613 APPs diferentes, sendo que o departamento de TI só tinha conhecimento de 23 delas. Subbloie mencionou ainda, que pesquisas mostram que 40% do tráfego de dados em smartphones corporativos são de uso puramente pessoal.
A Tangoe, que iniciou sua operações no Brasil no final do ano passado, administra US$ 29 bilhões em faturas de TIC para clientes em todos mundo, e de acordo com ela, proporcionando 30% de economias de despesas. Em seu portfólio constam empresas como Visa, HSBC, SAP, Dell, Pepsico, Xerox, Accenture, Target, Best Buy, Novartis, Eaton, GE, entre outras. No Brasil ela elegeu como prioritário os mercados automotivo, financeiro, varejo, tecnologia e farmacêutico. Fundada no ano 2000, a Tangoe tem hoje 2.500 funcionários em 130 países e fatura cerca de US$ 250 milhões anualmente.