Pirataria de software gera prejuízos de US$ 1,61 bi ao Brasil

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A pirataria de software gerou prejuízos de US$ 1,61 bilhão ao Brasil no ano passado, embora tenha havido uma redução do índice brasileiro em um ponto percentual, passando para 59%, segundo revela pesquisa da Business Software Alliance (BSA) em parceria com a Associação Brasileira das empresas de Software (Abes) e a consultoria IDC.

Divulgado nesta quarta-feira (14/5), o 5º. Estudo Anual Global de Pirataria de Software mostra ainda que, dos 108 países pesquisados, o uso de software pirateado caiu em 64 e cresceu em apenas 11. O resultado do Brasil é considerado extremamente positivo, com redução do índice em dois anos consecutivos, acumulando uma diminuição de cinco pontos percentuais. Já na América Latina a média caiu um ponto, passando para 65%, entretanto os prejuízos da região atingiram US$ 4,12 bilhões.

Estudo recente aponta que se o país conseguisse reduzir em 10% a pirataria de software, poderia ter um mercado de tecnologia da informação mais forte e gerar até 2011 cerca de 21 mil novos empregos, US$ 3,7 bilhões em receita para a indústria local e US$ 550 milhões adicionais em impostos.

O levantamento aponta também que, devido ao rápido crescimento do mercado de computadores nos países com altas taxas de pirataria, a média mundial aumentou três pontos, subindo para 38% no ano em 2007. Além disso, os prejuízos em dólar cresceram US$ 8,5 bilhões, chegando a US$ 48 bilhões. ?No final de 2007, havia mais de 1 bilhão de PCs instalados no mundo inteiro, e quase metade deles continha software pirateado,? declarou John Gantz, diretor de pesquisa da IDC.

?Estamos progredindo bastante na guerra contra a pirataria de software para microcomputadores, o que é uma boa notícia para governos, usuários finais, empresas e todo o segmento,? comentou Frank Caramuru, gerente geral da BSA no Brasil. ?Mas agora o campo de batalha está se transferindo para os mercados emergentes, onde muitos dos nossos desafios coletivos permanecem.?

Entre as nações estudadas, a Rússia está na liderança, com uma queda de sete pontos percentuais em um ano, baixando para 73%, e de 14 pontos em cinco anos. A pirataria na Rússia ainda é alta, mas vem caindo rapidamente em decorrência dos programas de legalização, ações de repressão e empenho por parte do governo, educação dos usuários e melhoria da economia.

Segundo o estudo, os três países com as maiores taxas de pirataria são Armênia (93%), Bangladesh (92%), e Azerbaijão (92%), e os três países com as menores taxas são Estados Unidos (20%), Luxemburgo (21%) e Nova Zelândia (22%). Apesar da baixa taxa de pirataria nos EUA, os prejuízos em dólares são maiores do que os de qualquer outro país, ultrapassando $ 8 bilhões.

A pesquisa constatou também que as taxas de pirataria caíram ligeiramente em muitos mercados com pouca pirataria, onde permanecem estáveis há vários anos, inclusive nos Estados Unidos (-1%), Reino Unido (-1%), e Áustria (-1%). Em muitas outras economias desenvolvidas a pirataria sofreu um declínio contínuo e gradativo, entre as quais a Austrália, Bélgica, Irlanda, Japão, Cingapura, África do Sul, Suécia e Taiwan.

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