As pesquisas sobre a baixa adoção de Linux nos desktops não podem ser generalizadas, pois entre 70% e 80% dos projetos que estão sendo implantados pelas empresas ele está na ?mesa de discussão?. A opinião é de Julián Somondi, gerente geral da Red Hat para a América do Sul, acrescentando que para usuários corporativos, que não precisam de aplicações de vídeo, MP3, jogos, etc., o software open source não tem qualquer restrição.
O mesmo não acontece com o mercado consumidor, que muitas vezes compra um PC do programa Computador para Todos do governo federal e troca o sistema operacional por um Windows pirateado. ?Nesse caso o problema é que as interfaces, codex, drivers, etc. são proprietários, e aí o usuário teria de pagar por uma licença, o que não acontece?, diz o executivo.
Segundo ele, os consumidores deveriam pressionar empresas como Autodesk (detentora do Autocad), Adobe e outras, a abrirem interfaces para possibilitar a interoperabilidade dos sistemas.
Somondi esteve nesta quarta-feira (14/5) no Brasil para anunciar investimentos na subsidiária brasileira (que acaba de completar dois anos de funcionamento) que vai ampliar o número de filiais e contratar cerca de 30 profissionais para as diversas áreas ainda este ano. No mundo a Red Hat tem 2,5 mil profissionais, dos quais 60 no Brasil. No ano fiscal passado faturou US$ 523 milhões.
A empresa também está investindo na formação de profissionais, com a criação de uma estrutura de serviços profissionais e parceiros de alto nível, o Advanced Business Partner, que possuem maior expertize em desenvolvimento de solução de infra-estrutura e integração. Além disso, está discutindo com o governo e universidades brasileiras um projeto com os detalhes ainda mantido em sigilo, para a formação profissional em open source.