O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou nesta quinta-feira, 14, ter interesse em leiloar novamente, com o preço mínimo reduzido, os cerca de 220 lotes de faixa de frequência para a tecnologia de quarta geração (4G) da telefonia móvel que não despertaram interesse durante a licitação realizada na terça-feira, 12, e quarta-feira, 13.
“Certamente teremos de conversar com o Tribunal de Contas da União (TCU), porque talvez o preço mínimo tenha sido colocado em um patamar que, para pequenas empresas, tenha ficado inviável”, disse Bernardo. Segundo ele, o tribunal costuma autorizar reduções nos preços mínimos quando há lotes remanescentes de leilões. “Dessa forma, poderemos ter mais empresas interessadas. Vamos ter de fazer isso, mas é coisa para ser resolvida em seis ou oito meses”, acrescentou o ministro.
Dos 273 lotes oferecidos no leilão destinado à telefonia móvel 4G, apenas 54 foram arrematados. Dos quais, quatro têm abrangência nacional e 50 regional. Foram arrecadados R$ 2,93 milhões, valor 24% abaixo da expectativa da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que era de R$ 3,85 bilhões.
Apesar disso, o ministro Paulo Bernardo declarou estar satisfeito com o resultado. “Ficamos bem contentes porque os lotes principais foram vendidos. Vamos agora ter pelo menos cinco competidores oferecendo 4G em todas as grande cidades do Brasil. Isso é expressivo porque em poucos lugares do mundo há tantos competidores”, argumentou.
Segundo ele, praticamente metade dos municípios brasileiros será beneficiada de alguma forma. “Quem comprou o 4G ganhou a obrigação de fazê-lo nos prazos e lugares determinados e também fazer expansão do 3G nas cidades onde ainda não existe o serviço, o que corresponde a aproximadamente 50% dos municípios e 20% da população. Os vencedores dos lotes também terão de implantar a internet rural. Com isso, queremos chegar a 70% das residências com internet em 2014”, concluiu. Com informações da Agência Brasil.