Segundo dados da pesquisa da PwC Brasil, 85% das empresas afirmam acreditar na importância da pauta de inclusão e diversidade, o que indica um nível geral de conscientização sobre o assunto. Entretanto, somente 5% delas têm ações consideradas maduras e evoluídas nesta área.
Outra pesquisa, essa do Great Place to Work (GPTW), revela que apenas 10% dos profissionais se declaram pertencentes à comunidade LGBTQIA+, e esse número é ainda menor em posições de liderança, com apenas 8%.
Os dados evidenciam claramente que há uma grande lacuna entre conscientização e ações efetivas, ainda mais se levarmos em conta que estamos no mês do orgulho LGBTQIA+, celebrado mundialmente em junho e que visa promover a conscientização, visibilidade e aceitação da comunidade junto à sociedade.
Segundo a especialista Thalita Gelenske, CEO da Blend Edu e uma das "Top Voice Orgulho" do LinkedIn, a representatividade é fundamental para promover a diversidade no mercado corporativo. "Para tirá-la do papel é preciso que as empresas ofereçam igualdade de oportunidades e fomentar ações para potencializar a atração, recrutamento e seleção de candidatos diversos, assim como buscar representatividade de grupos minorizados nos diferentes níveis da organização e também na linha de sucessores", afirma.
Uma forma de transformar essa situação no mercado corporativo passa pelo investimento das empresas em iniciativas de DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão). Esses programas visam atender a diversos grupos minoritários, incluindo a comunidade LGBTQIAP+. "O objetivo é enfrentar um problema comum a todas as minorias: falta de representatividade, discriminação, dificuldades de permanência e desvalorização no mercado de trabalho", conclui a CEO da Blend Edu.