O Banco Central Europeu divulgou nesta quarta-feira, 14, por meio de suas redes sociais, que pretende criar o euro digital ou Central Bank Digital Currency – CBDC. De acordo com os especialistas da Mercurius Crypto, casa de análise e pesquisa em criptoativos, a criptografia torna os processos mais baratos, rápidos e seguros e o euro digital será uma ótima prova deste conceito e poderá expandir a utilização desse tipo de ativos.
Para Gabriel Bearlz, gestor de portfólio da Mercurius, os bancos serão os mais beneficiados com essa novidade, pois poderão exercer maior controle fiscal da população e reduzir os índices de sonegação de impostos, bem como os custos com emissão de moedas, entre outras dezenas de vantagens.
Ao anunciar a novidade, o Banco Central Europeu exaltou que a infraestrutura do euro digital terá um consumo energético substancialmente menor que o Bitcoin. De acordo com o especialista, não é possível comparar o euro digital com o Bitcoin, pois são dois projetos completamente distintos.
Bearlz ressalta que uma criptomoeda com um mecanismo de validação centralizado terá um consumo energético menor e, consequentemente, uma matriz energética renovável, pois cabe a um órgão específico a alocação dos validadores, o que, evidentemente, não é o caso do Bitcoin.
Já o Bitcoin, explica o especialista, ao contrário do euro digital, possui um mecanismo de validação descentralizado, o que faz com que a segurança da rede aumente. Neste caso, há uma necessidade de dispêndio de capital energético ainda maior para fraudar uma transação, o que torna a investida quase impossível. "É a essência do ativo, não foi feito para ser escalável", diz Bearlz.